Bastante mais exigente no rigor de construção, mas também na escolha dos materiais, o novo Citroën C3 assume-se como um sério candidato à liderança entre os utilitários
Se a anterior geração (que continua em comercialização, numa versão simples que custa 12 mil euros) já se destacava por um estilo único e inconfundível, o novo C3 demarca-se de uma faceta mais familiar e assume um estilo bastante mais dinâmico e desportivo.
Linhas revolucionárias, a que a marca nos tem habituado nas suas últimas criações, estão presentes, sem sacrifício da habitabilidade e dos acessos. A mala mantém os cerca de 300 litros e o espaço traseiro é, seguramente, um dos mais favoráveis. À frente, o desafogo é ainda mais evidente, devido à forma "cavada" do tablier. Por todo o interior são evidentes os ganhos: existem inúmeros pequenos espaços (interior das portas, painel de bordo, entre os bancos e uma gaveta sobre o do passageiro), a colocação mais elevada dos bancos dianteiros e encostos mais finos, aumentaram o espaço para os pés e para os joelhos de quem se senta atrás.
Na condução (e no carácter) deste C3, o que mais se evidencia é o generoso pára-brisas Zenith. Com 1,35 m, o campo de visão estende-se até sobre a cabeça dos passageiros dianteiros, fazendo deste modo recuar o tejadilho. Como protecção solar, o vidro dispõe de coloração, e uma persiana rígida, equipada com duas palas pára-sol, permitem maior resguardo.
A aposta incide sobre blocos 1.4, a gasolina com 75 (14150 €) ou 95 cv (16950 €), mas também o conhecido 1.4 HDi com 70 cv. Em matéria de condução esta última é certamente a solução mais equilibrada e agradável, com um preço de entrada igualmente simpático: 17650 euros.
A gama a gasolina engloba ainda o 1.1i com 60 cv (13450 €, pouco competitivo face ao 1.4) e um desportivo 1.6 VTi com 120 cv, que poderá igualmente dispor de caixa automática. A única versão com caixa manual de seis velocidades será o 1.6 HDi com 110 cv (22850 €). Durante o próximo ano, o sistema Stop & Start permitirá versões diesel com emissões de apenas 95 a 90 gr/km de CO2, enquanto que uma nova geração de motores a gasolina, de 3 cilindros, assegurá emissões inferiores a 100 g/km de CO2.