Construir simples e barato, tão funcional quanto eficaz, poderiam ser as máximas da Dacia durante a concepção do Duster. De facto, se o preço pode ser o primeiro motivo de atracção, nem por isso este SUV da marca romena deixa de se mostrar convincente nos propósitos. Assim os clientes não se incomodem com materiais e acabamentos menos vistosos, uma certa desactualização estilística e um ou outro ruído parasita proveniente de plásticos mal fixados ou de qualidade inferior. Para atenuar essa impressão, justificando também o regresso do modelo a ensaio, a Dacia uniu-se à conhecida marca de malas Delsey e deu o nome a uma versão mais requintada e limitada a apenas 200 unidades. Veja a seguir o que traz de novo.
Popular, não apenas por ser o SUV mais barato actualmente à venda no mercado português, o Dacia Duster é sinónimo de aventura. E se a ideia de aventura remete geralmente para o tema das viagens, saiba então que, além das diversas personalizações no exterior (uma cor individualizada, jantes, ponteira de escape e inscrições alusivas) e de aplicações nobres em couro no habitáculo, como não podia deixar de ser, o equipamento inclui ainda uma mala de viagem desta reputada marca. (conhecer AQUI mais detalhes sobre esta versão) Torna-se assim este Duster no companheiro certo para a viagem e para a aventura.
Outras novidades
Não se tratando de uma novidade, a popularidade e o sucesso comercial do Dacia Duster – prova disso é a regularidade com que é visto nas estradas do país – assentam também no carácter prático e utilitário do modelo: uma estrutura tão simples quanto robusta, capaz de garantir uma manutenção acessível e económica. A par de tudo isto, uma mecânica comprovada que provem directamente do proprietário da marca: o grupo Renault. Tanto assim é que, em alguns mercados emergentes, o Duster é comercializado com a marca do losango estampada na grelha. Além da mecânica, muito do equipamento e os instrumentos interiores provêm de modelos anteriores da Renault.
Neste aspecto e no capítulo da habitabilidade pouco ou nada se altera em relação às impressões anteriormente recolhidas em ensaios anteriores (1.5dCi 4x2 e 1.5 dCi 4x4), salvo o facto desta versão inaugurar no Duster os vidros traseiros eléctricos e… um rádio com Bluetooth. Viva o luxo!
Capacidade assinalável
Claro está que nada disto afecta negativamente o seu desempenho em estrada e aqui reside um dos seus trunfos. Embora o peso e a maior resistência ao vento causada pela superfície elevada do Duster possam ser causa para a tendência que a unidade ensaiada revelou para consumos um pouco elevados (da ordem de 7,5 litros de média), este último factor influencia, sobretudo, a insonorização do habitáculo.
Contudo, todo o conjunto revela bastante desenvoltura em estrada, demonstrando ainda muita agilidade e uma facilidade de andamento e de condução capazes de surpreender os mais cépticos quanto à validade desta proposta.
Não sendo perfeito, o Dacia Duster é, por tudo isto, um SUV cativante. Como geralmente são os produtos despretensiosos e mais preocupados em revelar eficácia, conseguindo até empolgar o condutor quando este o deixa ir para fora da estrada.
Nestas alturas, apesar da pouca capacidade mecânica e de se tratar de um carro com apenas duas rodas motrizes, o Duster sabe rentabilizar o poder da sua altura ao solo ou a boa capacidade torsional de um chassis que é, efectivamente, tão simples na concepção quanto competente nos propósitos. Esta versão utiliza exclusivamente o motor 1.5 dCi de 110 cavalos, podendo dispor de tracção dianteira ou integral.
Dados mais importantes |
Preço (euros): | desde 20.800 / 23.750 (4x4) |
Motores | 1461 cc, 4 Cil./8 Valv., 110 cv às 4000 r.p.m., 240 Nm às 1750 rpm, turbo de geometria variável, injecção common rail |
Prestações | 171 km/h, 11,8 seg. |
Consumos (médio/estrada/cidade) | 5,0 / 4,6 / 5,7 litros |
Emissões Poluentes (CO2) | 130 gr/km |
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