Sem planos para o feriado e o fim de semana? Está em Lisboa ou arredores? Que tal dar uma saltada ou - mais apropriado será dizê-lo - dar um mergulho na Volvo Ocean Race? Não sabe do que se trata? Pode ver neste texto o que espera quem visitar este espaço instalado na Doca de Pedrouços, mesmo em frente da estação da CP em Algés. Se não está convencido dê uma olhada na reportagem fotográfica que se segue e saiba que tem ainda uma outra boa razão para o fazer: a
entrada nesta festa é gratuita!...
Já todos vimos imagens destes barcos no mar, avistá-los "em terra" é outra coisa. Eles revelam-se à distância de uma câmara de telemóvel, das cores garridas do casco e das velas aos pormenores das rodas de leme imponentes ou da lisura do piso do convés.
Estar em terra não serve apenas para descansar ou "esticar as pernas" depois de muitas semanas no mar. O tempo é utilizado para pequenas reparações, para acções promocionais, para reabastecimento, para rever a família ou até para poder dormir numa cama que não seja de lona. E há sempre muita coisa para fazer...
... até coisas aparentemente mais aborrecidas como as limpezas. Não só do casco ou do convés, imagine-se o estado do interior do casco, semanas a fio habitado por uma tripulação que se reveza a fazer estes barcos andarem o mais rápido possível. E eles andam bem depressa, chegam aos 60/65 nós, a velocidade mais elevada que uma embarcação à vela consegue atingir.
No mar os barcos são permanentemente monitorizados por satélite e, de 15 em 15 segundos, a organização sabe o paradeiro exacto de cada um deles. As comunicações são asseguradas por sistemas electrónicos bastante dispendiosos. Aliás, tudo nestes barcos é caro e valioso, a começar pela própria tripulação. Por causa disso foram tomadas medidas adicionais para evitar encontros perigosos com os piratas das águas do Oceano Índico.
Se o tempo ajudar à festa estas ruas vão certamente encher-se de visitantes. No pavilhão da Volvo à esquerda da foto, está em exposição o Concept You da Volvo, um Volvo V60 Plug-in Hybrid que deve chegar aos mercados no próximo ano e um C30 de competição. Além de informações interactivas e de filmes da corrida ou sobre o dia-a-dia dos tripulantes, existem outros motivos de entretenimento...
... como este simulador electrónico de corrida para quem se julga um verdadeiro piloto de carros de turismo.
Ao lado do Pavilhão da Volvo é possível ainda descobrir como funciona o sistema de detecção de peões instalado na maioria da gama da marca sueca, conhecida pela elevada segurança dos seus modelos.
E vamos à festa. Quer mesmo saber o que sentem os tripulantes? Entre neste simulador e agarre-se bem porque as ondas são elevadas, o barco inclina-se bastante e, no mais escuro da noite e no meio de um vasto oceano, alguma coisa pode bater com força no casco. Não se recomenda é que o faça depois do almoço, caso contrário opte por uma visão mais tranquila e tri-dimensional (3D)
Sim, nós sabemos que sábado Portugal entra em campo e é por isso que ao lado do palco principal está um grande ecrã de televisão. Ao longo dos dias do evento, pelo palco vão passar alguns nomes da música portuguesa e não só. Depois, para a noite continuar quente é a vez dos DJ's manterem a música a tocar.
A Marinha não podia deixar de estar presente, oferece até a possibilidade de uma experiência de mergulho com garrafa. OK, não é no mar, mas na piscina insuflável que foi montada não corre o risco de encontros imediatos com as atrevidas taínhas do Tejo... Há mais para ver na tenda ao lado, quem sabe se a oportunidade para ingressar e fazer carreira num dos ramos mais prestigiados das Forças Armadas Portuguesas...
Os mais pequenos não foram esquecidos e na Volvo ninguém quer atirá-los borda fora. Aliás, a marca preserva acima de tudo a segurança dos mais pequenos mas, neste escorrega, não há espaço para cadeiras elevatórias ou fixações isofix. Só para pular, escorregar, cair e levantar para voltar a repetir a brincadeira.
Até mesmo de uma forma lúdica e divertida há espaço para aprender e consciencializar para a importância da limpeza e preservação dos mares. Conheça o motivo porque o albatroz é uma espécie tão ameaçada e saiba de que modo todos podemos fazer um pouco para o salvar. E como esse "pouco" é tão importante se repetido por toda a gente.
Na Volvo Ocean Race há espaço para aprender ainda muita coisa relacionada com as artes marinheiras, desde os instrumentos e materiais que são utilizados até aos nós mais vulgares. Existem "comes e bebes" e espaços para a compra de recordações ou de material relacionado com alguns patrocinadores, como a Puma, por exemplo.
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Existe a possibilidade de testar vários modelos da gama, incluindo o inédito Volvo C30 100 % eléctrico |
Num País como Portugal, com história e tradição de mar, a
Volvo Ocean Race faz todo o sentido merecer uma importância redobrada. Afinal, esta é considerada o "Dakar" dos mares, a mais dura e exigente corrida de barcos que, ao longo de meses, faz uma viagem de circum-navegação sempre e só ao sabor dos ventos e das correntes.
São apenas seis embarcações porque a logística de um evento destas dimensões implica custos bastante elevados para a organização. A aportagem em Lisboa ou em qualquer outra cidade, desde a montagem da estrutura aos custos operacionais situa-se entre os 3,5 e os 5 milhões de euros. Mas o impacto directo para os locais visitados, seja em termos turísticos, exposição mediática (a Volvo Ocean Race tem ampla cobertura televisiva e não só), operações logísticas, etc, pode atingir os 90 milhões.
São estes números expressivos que explicam a razão do elevado profissionalismo e também a importância que é dedicada a um evento que é desejado por muitas cidades costeiras.
Lisboa, por causa da privilegiada situação geográfica que detém, merece continuar a fazer parte dos planos de futuras edições.