É um genuíno todo- o-terreno de luxo. Reúne os atributos necessários para circular fora de estrada, juntando-lhe o prestígio que uma marca como a Mercedes sabe conferir. Rejuvenescido este ano, conservou intactas essas características e acrescentou outras vantagens como melhores consumos e a consequente redução das emissões. Menos motor e menos CO2 beneficiam o preço final desta versão: 73550 euros podem continuar a não estar ao alcance da bolsa de toda a gente, mas tornou mais acessível o acesso à gama.
Alguns produtos da Mercedes – a classe M é um dos exemplos - talvez não recorram a fórmulas exteriores excessivamente elaboradas ou estilizadas de certos modelos da concorrência.
Visto de frente ou lateralmente, o M pode até vincar um tudo-nada de mais as linhas, sendo talvez por isso que a sua presença impõe respeito e as formas resistem tão bem ao passar do tempo, das modas e dos conceitos.
Apesar de tudo, volta e meia é preciso renovar. É que além de dar novos argumentos de trabalho ao marketing, a necessidade de actualizar motores ou equipamento justificam-no, contribuindo para melhorar ou modernizar determinados aspectos, além de incrementar a segurança ou o prazer que a condução de um Mercedes geralmente proporciona.
Detalhes da renovaçãoA renovação de que o Mercedes M foi alvo este ano fê-lo crescer em comprimento e em largura, reduziu-lhe a altura mas isso não interferiu grandemente no espaço interior. Nem era necessário, porque este já era suficientemente espaçoso para acomodar 5 adultos – ao meio, atrás, não tão confortavelmente – e respectiva carga.
Sob o piso da bagageira encontramos um pneu suplente pronto a encher para poupar espaço e, por todo o habitáculo, há lugares para depositar objectos pessoais: um grande entre os bancos dianteiros, outros na consola e no forro interior das portas, mais comedido no tamanho existe ainda o porta-luvas.
Falar da qualidade ou da nobreza de materiais num carro que tem o símbolo da estrela estampado na chapa ou que custa, na sua versão mais barata, praticamente 75 mil euros pode parecer redutor; mas convém frisá-lo, embora alguma dessa nobreza se faça pagar à parte, pelo menos na variante ensaiada. Como é o caso dos estofos em pele.
Há ainda algum equipamento de segurança ou ajudas à condução nas mesmas condições de extra, sendo também de realçar que, apesar disso, não existe câmara de estacionamento traseira ou sistema sem chave para abertura das portas.
Quanto à câmara talvez não seja mesmo precisa. O Mercedes M manobra-se bem apesar da volumetria e conta com a ajuda de sensores nos pára-choques para proteger a integridade da carroçaria.
Por falar em carroçaria, as diferenças entre a anterior versão e a presente notam-se no redesenho das entradas de ar frontais, no respectivo pára-choques e nas ópticas, passando a contar com as agora obrigatórias luzes diurnas em led. Distingue-se ainda através de alguns vincos laterais ou na forma mais estilizada dos piscas instalados nos retrovisores.
Um misto de sensaçõesAquilo que torna tão apaixonante a sua condução, a par do belíssimo andamento demonstrado sobre o alcatrão, é a competência inata que este carro mostra para trilhar caminhos difíceis fora de estrada.
Embora esta seja a versão menos potente, a tracção integral permanente, um fabuloso binário, uma suspensão que permite adaptação da altura e da rigidez em função da dureza do piso e uma multiplicidade de itens electrónicos destinados a ajudar o condutor a ultrapassar os obstáculos mais complicados fazem toda a diferença.
Entre os muitos que existem, um revela-se particularmente útil. Se escalar ladeiras íngremes tem os seus segredos, descê-las pode revelar-se igualmente complicado. Sobretudo quando o piso é demasiado escorregadio. Para essas ocasiões é possível contar com o auxílio de um pequeno mas importante detalhe: um limitador da velocidade de descida a 6 km/h, que desobriga o condutor de controlar os pedais para poder concentrar-se apenas nas manobras do volante.
Este equipamento, como muito outro que o Mercedes M dispõe, não se destina apenas à condução em terra ou sobre pedra. É igualmente valioso em zonas onde a neve ou o gelo costumam decorar a paisagem.
Tecnologia azulUma alteração que salta à vista na altura do abastecimento é que, ao lado do bocal para enchimento de gasóleo, existe outro que serve destinado à colocação de um aditivo chamado AdBlue, com indicação de reposição a cada 25.000 Km.
Isto faz parte de um conjunto de modificações destinadas a reduzir ou eliminar a emissões de partículas nocivas para o ambiente, necessárias para o cumprimento das cada vez mais rígidas normas europeias. É de notar que este motor possui um sistema de dupla compressão que aumenta substancialmente a potência mas reforça principalmente o binário quando ele é realmente necessário.
A adição de elementos como o sistema start/stop, melhoramentos aerodinâmicos e de peso e a reconfiguração da caixa de velocidades automática trouxeram, por sua vez, uma redução de consumos. Homologado para uma média de 6 a 6,5 litros e para emissões que variam entre os 158 e as 170 g/km, no final do ensaio, o computador de bordo indicava um consumo combinado de 8 litros. Nada mau!
Dados mais importantes |
Preços desde | Desde 73 550 euros |
Motor | 2143 cc, 4 cil/16 V, 204 cv às 4200rpm, 500 Nm das 1600 às 1800 rpm, common rail, DOIS turbos, geometria variável, intercooler |
Prestações | 210 km/h, 9 seg. (0/100 km/h) |
Consumos (médio/estrada/cidade) | 6,5 / 5,8/ 6,5 litros |
Emissões Poluentes (CO2) | 158 a 170gr/km |
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