COMO JÁ ME referi ao carro (ver
AQUI), não irei entrar em grandes pormenores no que respeita ao seu historial. Trata-se do primeiro carro vincadamente destinado ao segmento C, construído para as duas marcas do grupo (o outro é o
Kia Cee'd), se bem que com silhuetas distintas. No caso deste
i30, para mim mais apelativo desse ponto de vista, a linha parece ter recolhido inspiração nalguns carros da concorrência. Nomeadamente na parte traseira, mesmo ao nível da última secção lateral, mas o resultado é efectivamente harmonioso.
Com a mesma ambição, o interior deste
Hyundai destaca-se pela qualidade e pelo rigor dos acabamentos, bem distante da imagem que se tem de outros modelos asiáticos, muito voltados para as exigências do mercado americano.
TEM, DE FACTO, um habitáculo luminoso e atraente, com um bonito e funcional tablier onde nada foi deixado ao acaso ou fora do sítio. Se exceptuarmos o botão que comanda o computador de bordo...
Com uma jovial e quase desportiva conjugação de cores, a funcionalidade é não apenas garantida pela ergonomia dos comandos, como pelos vários pequenos espaços que proporciona. Amplo e com bons acessos, mesmo nos lugares traseiros onde oferece suficientemente espaço para as pernas dos ocupantes, tem uma mala com 340 litros de capacidade.
TORNA-SE muito fácil para qualquer condutor conseguir uma boa integração com o conjunto. A posição de condução é também boa no capitulo da visibilidade e, embora o respectivo banco nem sempre proporcione o melhor apoio, a direcção directa e o comportamento do conjunto quase lhe conferem características de um desportivo.
Trata-se, de facto, de um dos melhores motores desta cubicagem; aliado a uma caixa de velocidades bem escalonada e com bom desempenho em cidade (e bem mais agradável de manusear do que a do motor a gasolina), não enjeita fazer-se à estrada e atingir velocidades de respeito. O que, no nosso caso, não interessa nada... a menos que se queira ficar sem carta!
ESTÁVEL, com um
chassis equilibrado e previsível nas reacções, transmite bastante confiança a quem o conduz. Outra coisa não seria de esperar num carro que dispõe de controlo de estabilidade. Essa agilidade contribui para a sensação de se tratar de um carro rápido, sem contudo impedir de se mostrar confortável. No capítulo da comodidade, há ainda que realçar a boa insonorização.
Com um bom desempenho em baixos regimes, fruto de um bom valor de binário que chega cedo, isso atenua o facto de não ser dos mais económicos, em matéria de consumos, quando transita em cidade.
— 0 —
PREÇO, desde 22 140 euros MOTOR, 1582 cc, 115 cv às 4000 rpm, 16 V., 255 Nm entre as 1900 e as 2750 rpm, Injecção Directa common rail com turbo de geometria variável (VGT) CONSUMOS, 5,7/4,1/4,7 l (cidade/estrada/misto) EMISSÕES CO2, 125 g/km
— 0 —
A PAR deste motor a gasóleo, em Portugal é comercializada uma versão do mesmo motor com somente 90 cv, cerca de 2000 euros mais barata. A diferença para o 1.6 diesel mais barato orça cerca de mais 1500 euros. No nosso país há ainda o 1.4 a gasolina, anteriormente ensaiado.
Quanto a equipamento, o modelo ensaiado conta de base com
ABS com
EBD, airbags duplos, laterais e de cortina, para além de encostos de cabeça activos que lhe valem tão boa classificação em termos de segurança. No restante, é ainda possível encontrar ar condicionado manual extensível ao porta-luvas que apresenta ainda chave, computador de bordo, rádio/CD/MP3 com comandos no volante e ligações ao
i-pod ou a porta
USB, vidros e retrovisores eléctricos, alarme, regulação em altura do banco do condutor e
aileron traseiro entre outros.