Saltar para: Post [1], Pesquisa e Arquivos [2]
Produção de conteúdos dirigidos ao grande público. Tem como actividade principal a realização de ensaios a veículos de diferentes marcas e a divulgação de notícias sobre novos modelos ou versões.
A impressão que melhor descreve o familiar francês foi a que tive, logo no início, quando, ao aproximar-me, julguei que o vidro de um dos faróis de nevoeiro estava partido. Afinal não. É de tal modo cristalino que parece ter sido concebido para parecer que não existe. Desde esse momento — e só por causa desse pequeno pormenor —, tive o pressentimento de que a Peugeot tinha apostado bastante na criação do 308. Entrei no carro e vieram as certezas. Nem é preciso comparar antecessores como o 309 e muito menos o 306 (face à realidade de então), para perceber como o construtor gaulês evoluiu e ganhou novas responsabilidades. Este texto sofreu actualização consultável NESTE LINK.
De um carro alemão espera-se que seja robusto. De um japonês, fiável. De um italiano, rápido e emotivo. De um português... que ainda apareça! E de um francês? Que seja confortável.
Adiante! Ao entrar dentro do Peugeot 308 comecei por apreciar não apenas a escolha qualitativa dos materiais, como o cuidado dos acabamentos. Mentalmente construi logo uma imagem de solidez que não me desiludiu ao longo dos dias em que decorreu o ensaio.O familiar francês segue uma ideia muito em voga nos dias de hoje: jogar com a altura da carroçaria para ganhar espaço interior. Este gesto permite avançar parte do tablier sobre a zona do motor, inclinando o pára brisas e, graças a isso, ampliar a visibilidade, aumentar a luminosidade interior e diminuir o coeficiente de penetração ao quebrar o efeito de ventos contrários.
A linha do tablier é simples, mas a sua «massa» é imponente e com aparência bastante sólida. Alguns pequenos pormenores decorativos, como os aros cromados em redor dos instrumentos e, sobretudo, o fundo branco combinado com os ponteiros em vermelho, esboroam qualquer intenção de lhe atribuir conservadorismo em demasia.
Não crescendo substancialmente face ao 307, o sucessor mantêm intacta a boa capacidade de manobra, enquanto o aumento da visibilidade veio facilitar a facilidade de condução. A capacidade da bagageira pouco se alterou, sendo menos profunda e compensada com algum aumento da altura.
Este motor com 110 cv, existe apenas no 5 portas. O de 3 recebe a mesma unidade com 90 cv e estas são as únicas formas de carroçaria por enquanto disponíveis em Portugal. Muito em breve surgirá a carrinha (SW). A diesel recebe ainda o 2.0 Hdi com 136 cv, podendo este dispor de uma caixa automática de 6 velocidades. A gasolina é o 1.4i com 95 cv que coloca o preço de entrada abaixo dos 20000 €. Existe ainda um 308 muito exclusivo e de cariz desportivo com 150 cv e motor a gasolina de 1,6 l. Todos incluem itens de segurança como o ABS, airbags frontais e laterais de cortina, por exemplo, bem como ar condicionado e outros pormenores de conforto. Quanto ao 1.6 Hdi/110 cv possui 2 níveis de equipamento, um dos quais Sport que não só lhe acrescenta pormenores que fazem jus à designação, como outros de pura mordomia. A denominada Executive é, como o nome indica, orientada para o conforto e requinte, possuindo ambas controlo de estabilidade e esta última airbag para os joelhos integrado na coluna da direcção. O tecto panorâmico que surge na foto é opcional.