Com 10.140 unidades vendidas e uma quota de mercado de 3,8%, a Nissan foi a marca de volume que mais cresceu entre 01 de Abril de 2010 e 31 de Março de 2010. E fê-lo com um crescimento de dois dígitos, 54,2%, num mercado que cresceu apenas 16,3%. O último trimestre do Ano Fiscal de 2010 (Janeiro a Março de 2011) registou um crescimento ainda mais impressionante, que permitiu à Nissan colocar-se no final desse período na primeira posição das marcas asiáticas em Portugal. Cumprindo assim um dos grandes objectivos da Nissan a nível europeu: reconquistar uma posição que foi sua durante longos anos.
Em síntese, durante o período de vigência do *Plano Portugal 360º (AF2007 a AF2010) a Nissan subiu de 2,1% para 3,8% de quota de mercado e aumentou em volume de 5.905 unidades para 10.140).
Como corolário de todos estes resultados positivos a nível nacional, a Nissan Ibéria - Portugal foi o distribuidor Nissan na Europa que mais cresceu em quota face ao ano anterior (Quota média na Europa: 3,4%)
Qashqai, Juke, Micra e LEAF brilham
O crossover Qashqai, com 5.547 unidades vendidas no AF2010 e o Juke, com 1.592 vendas em tão só meio ano, espelham o sucesso incontestado da Nissan, apesar de todos os esforços dos principais concorrentes, naquele que é o segmento por si inventado, o dos crossovers.
Seguem-se em volume o Micra (1.096) e o Note (574), dois valores seguros do mercado nacional e que, com o Pixo, consolidam a presença alargada da Nissan no segmento dos citadinos.
Uma nota para o Nissan LEAF, que com 26 unidades vendidas até 31 de Março se posiciona já como líder de vendas no segmento de veículos eléctricos.
(excerto do comunicado de imprensa distribuído pelo departamento de comunicação da Nissan)

Dacia? Um SUV de uma marca romena? E se lhe disser que este carro partilha a mesma mecânica do Nissan Qashqai? Talvez comece a vê-lo com outros olhos. Na verdade, Dacia Duster e Nissan Qashqai utilizam, nas suas versões mais procuradas, o mesmo motor diesel de origem Renault. No primeiro caso uma versão com 110 cv, enquanto o carro japonês se contém nos 106. Mas difere em tudo o resto. O Qashqai aposta na irreverência das linhas e no conceito, ajudado, em muito, por um marketing elaborado. Cuida ainda dos detalhes, enquanto no Duster impera a simplicidade prática, imposta por uma contenção de custos de fabrico e por uma necessidade de uma manutenção fácil e acessível. E de que modo exigir melhores materiais ou pormenores mais cuidados, num carro cujo preço de entrada fica abaixo do de alguns utilitários?
Essencialmente prático
Exteriormente tem uma estética que não fere mas que também não faz destacar qualquer pormenor emotivo. Na realidade também não destoa pela negativa; um traço limpo com cavas das rodas expressivas tenta fazer realçar um jogo de cores entre a da carroçaria e os estribos, as protecções do chassis ou os suportes do tejadilho.Interiormente é mais clara a poupança. O Duster recorre a soluções encontradas nos restantes Dacia (nomeadamente o Logan, de onde deriva a plataforma), partes do tablier e comandos provenientes de modelos anteriores da Renault. O resultado não é desagradável mas resulta algo "demodé", nomeadamente com a colocação, no centro do tablier, dos comandos de abertura dos vidros eléctricos.
Mas, como já se afirmou, por um preço que no caso da versão a gasolina começa pouco acima dos 16 mil euros, não se pode exigir muito mais. De uma forma geral, os plásticos apresentam a robustez desejada para um carro com estas características, embora os pormenores decorativos não acompanhem a tendência. O que deixa adivinhar que, com tempo e uso, possam advir daí ruídos parasitas.

O aproveitamento e a poupança implicaram igualmente que no interior do Duster não abundem espaços para pequenos objectos. Até mesmo os que existem no forro interior das portas dianteiras são mais estreitos do que o desejável e os da consola central e entre os bancos revelam-se pouco seguros. Igualmente a cobertura da bagageira (com capacidade que varia entre os 475 litros e os 1636 litros) se mostra pouco prática de usar (ver foto). Embora, consoante o uso que se fizer da mala, nomeadamente com cargas de formato irregular, o facto de ser uma mera cobertura, sem retracção e apoiada por encaixes, poder vir a revelar-se mais útil do que o esperado.
Surpreendentemente capaz
Ao cabo e ao resto, pelos cerca de 21 mil euros que esta versão diesel custa (uma outra, com o mesmo motor mas 85 cv fica um pouco acima dos 18 mil euros), é possível aceder a um pequeno SUV que mostra uma inesperada robustez e capacidade quando o desencaminhamos para maus caminhos.Embora não se deva exigir mais do que a altura (20 cm) e a configuração do Duster lhe possibilitam, a desenvoltura do motor nos baixos regimes e uma suspensão tão equilibrada quanto eficaz na capacidade de torção do conjunto, permitem-lhe superar, sem demonstrar grande esforço, alguns pequenos obstáculos. E, sobretudo, trilhar vários quilómetros de piso irregular sem penalizar em demasia o corpo dos ocupantes.
Não há qualquer ajuda à condução fora de estrada embora apresente ângulos excelentes para a prática de TT: 30º de ataque, 36º de saída e 23º ventral.
Já a versão com tracção total automática recorre a soluções de tracção utilizadas no Nissan Murano. Com as dimensões e a boa capacidade de manobra que o o Duster apresenta é de prever um bom desempenho fora de estrada. (ler AQUI o ensaio a esta versão)
Equipado com um motor que tem dado provas de economia, ainda assim surpreendem os 5,8 litros de média registada no final do ensaio. A caixa manual de seis velocidades permitiu escalonar as duas últimas de forma mais longa, para fins mais estradistas.Isso torna-se mais patente quando o Dacia Duster tem de enfrenta lombas mais pronunciadas, altura em que o peso, que até nem é muito, e a maior resistência ao vento (Cx de 0,42), impõem a necessidade de reduzir. Por falar nisso, o Dacia Duster não é o mais silencioso dos SUV: em velocidade nota-se a acção do vento e há alturas em que o trabalhar mecânico se impõe no habitáculo.
PREÇO, desde 21000 euros
MOTOR, 1461 cc, 110 cv às 4000 r.p.m., 240 Nm às 2000, turbo de geometria variável, 8 válvulas, injecção common rail
CONSUMOS, 6,4/4,9/5,3 l (cidade/estrada/misto)
EMISSÕES POLUENTES, 139 g/km de CO2