Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]
Produção de conteúdos dirigidos ao grande público. Tem como actividade principal a realização de ensaios a veículos de diferentes marcas e a divulgação de notícias sobre novos modelos ou versões.
Estilo, potência, sete lugares…
Parece um "jipe" mas não é. Embora se possa comportar como tal, se
estivermos dispostos a desembolsar mais cerca de 20 mil euros. Assim,
só com tracção dianteira, fica pelo preço de uma carrinha.
São as virtudes do nosso sistema fiscal. Por um valor que não chega
aos 35 mil euros, a Kia propõe, em Portugal, um carro com estilo,
espaço, bastante motor e muita qualidade. Como? Ao homologá-lo como
monovolume, consegue uma significativa redução fiscal. O que não seria
possível caso dispusesse de tracção integral e fosse considerado um
"todo-o-terreno".
Atraente
Com linhas modernas, sedutoras e uma qualidade aparente que satisfaz,
o novo Sorento tem tudo para agradar. Esta nova geração consegue, não
apenas o feito de ser ainda mais barata do que a anterior, como de
oferecer uma melhor habitabilidade.
Parte, deve-o também ao motor de menor cilindrada, ainda mais potente
e terrivelmente mais eficaz. O espaço, porque este novo Sorento é mais
comprido e mais largo (ainda que mais baixo), dá-lhe desafogo e dois
lugares extra, escamoteáveis ao nível do piso. A mala é igualmente
maior, ultrapassando os 500 litros com 5 lugares.
O acesso aos dois lugares da terceira fila é feito pelo lado direito,
através do rebatimento total da parte menor do banco da fila central.
Não é muito prático mas, nesse aspecto, não difere muito da
concorrência. O conforto nestes lugares extras é limitado, sendo mais
indicados para crianças; um adulto com estatura média roçará o
tejadilho.
Oscilante
Não é difícil deixarmo-nos encantar com o habitáculo. Espaçoso,
luminoso e até certo ponto elegante, apenas não gostei do apoio dos
bancos, sobretudo em piso mais irregular e viagens mais longas.
Aliás, a suspensão pareceu-me mesmo demasiado macia para a sua
estrutura. Ao contrário do anterior, chassis e carroçaria formam um
bloco único, o que torna o conjunto mais leve. Mas não apenas
pressenti demasiada sensibilidade às flutuações do piso, como o
adornar em curva ou perante um movimento mais brusco do volante, não
me inspirou suficiente tranquilidade. Isto apesar de dispor de
controlo de estabilidade (desactivável).
O que é pena. A posição de condução está muito bem concebida, não
apenas do ponto de vista funcional como no que respeita à
visibilidade. Envolvente, coloca os comandos numa disposição racional
e, ao dispor do condutor e acompanhante, há pequenos espaços em número
suficiente. Em breve poderá ainda levar extras, como sistema de
navegação integrado, câmara traseira, sistema de abertura sem chave e
tejadilho panorâmico. O vidro do portão traseiro tem abertura separada
da porta.
Despachado
Com 193 cv, o Sorento é um carro potente. E rápido. Tem uma belíssima
caixa de seis velocidades, bem escalonada e precisa se aplicarmos a
embraiagem a fundo. Tudo isto faz dele um excelente estradista, com
boa insonorização e consumos bastante moderados. Surpreendentemente,
ganhou capacidade de manobra. Embora com mais volume, é mais ágil e
desembaraça-se com facilidade em cidade. Do controlo de arranque em
subida vem ajuda preciosa para quem não estiver à vontade no chamado
"ponto de embraiagem": atrasa um a dois segundos o "destravar" antes
de arrancarmos num semáforo, por exemplo. O motor responde bem a baixa
rotação, o que também é uma mais valia fora de estrada. Sim. Porque
não sendo um "todo-o-terreno", a altura e a força de um impressionante
binário, dão-lhe alguma capacidade para circular por trilhos onde um
ligeiro não chegaria. Para declives mais acentuados, conta ainda com
controlo electrónico de descida.
PREÇO, desde 34 340 euros MOTOR, 2199 cc, 197 cv às 3800 rpm, 430 Nm
das 1800 às 2500 rpm, turbodiesel, common-rail, 16 V e intercooler
CONSUMOS, 8,5/5,3/6,5 l (cidade/estrada/misto) EMISSÕES POLUENTES, 171
g/km de CO2
Fintar a crise
Numa altura em que o preço dos combustíveis e o ambiente estão na ordem do dia, utilizar os dois para justificar uma versão que contribua para dinamizar as vendas num sector que não conhece os seus melhores dias é sempre uma boa ideia…
Venham as boas notícias, que das más já estamos todos um pouco cansados! Ora é o preço dos combustíveis que torna a subir, ora é por causa da poluição automóvel que o ambiente na Terra está pior… Como se já não bastasse, paira por aí uma crise económica e de confiança que parece ter vindo para ficar mais tempo do que todos nós certamente gostaríamos, levando a que as vendas de automóveis em quase todas as economias ocidentais estejam a cair a pique.
A fórmula é simples: oferecer ao consumidor, por um preço mais baixo que se deve a uma menor carga fiscal, um carro que, ainda por cima, anuncia ser capaz de andar mais quilómetros por menos dinheiro. Parece bom negócio, não é?
Na realidade é. Mesmo que na prática algumas premissas não funcionem exactamente como são anunciadas no papel. Mas se tivermos em linha de conta que por causa do sistema que tem instalado consegue ser nalguns casos mais barato, e ainda por cima vem com mais equipamento, outros valores se levantam.
Para isso ser possível, e não tendo o grupo coreano ainda desenvolvido um sistema próprio, recorreu à Bosch e instalou um cada vez mais vulgar "stop and go". Para quem está menos familiarizado, trata-se de uma tecnologia que faz o motor desligar, por exemplo em semáforos ou em situações de engarrafamento e arrancar rapidamente mal é pressionado o pedal da embraiagem.
Existem também pneus de baixo atrito, mas, na prática, é preciso andar muito em cidade ou em filas de trânsito para verificar alguma diminuição nos consumos.
O bom de tudo é que o temos ainda direito a uma bateria com maior capacidade, um motor de arranque reforçado e um alternador que só carrega quando para isso não tem que sobrecarregar o funcionamento do motor.
Até porque as capacidades da motorização 1.4 a gasolina e o escalonamento da respectiva caixa de cinco velocidades, apelam a uma condução tranquila se a intenção é realmente controlar os consumos; há potência, sim senhor, mas o binário está algures lá em cima, nas 5000 rpm, e quem desejar encontrá-la ou deixar-se tentar por explorar a boa arquitectura comportamental do conjunto, bem pode começar a penitenciar-se pelo (mau) ambiente que poderá deixar aos netos!
Quem não gostar ou achar desnecessário o seu uso, porque a média geralmente não abandona os 8 litros, existe sempre a possibilidade de desligar o sistema.
Projecto europeu
No restante e não é pouco, o conjunto Cee'd revela a importância de um projecto nascido na Europa para agradar a europeus: uma estética terrivelmente sedutora no caso concreto do "3 portas" — designado "S Coupe" em Portugal ou "pro_Cee'd" noutros mercados —, e um interior funcional, que beneficia do espaço que a boa largura e a elevada distância entre os eixos lhe proporcionam.
Acresce uma qualidade de materiais e de acabamentos ao nível dos padrões actuais.
Conduz-se e manobra-se bem, se bem que a visibilidade seja condicionada, nalguns ângulos, devido, por exemplo, à volumetria dos pilares dianteiros e dos próprios retrovisores. A ergonomia é boa, a funcional e a respeitante ao conforto proporcionado pelos bancos, que oferecem bom apoio para o corpo mas que pecam por necessitar de novos ajustes depois do acesso aos lugares traseiros. Os 340 litros de capacidade da mala são possíveis devido a um pneu de emergência fino.
A segurança, característica «cara» ao consumidor europeu, também não foi descurada, contendo de série seis airbags que ajudaram o Kia Cee'd a conquistar a classificação máxima nos testes de colisão Euroncap, ou até mesmo as 4 estrelas em 5 no que concerne à protecção de crianças.
A gama oferece uma garantia de 7 anos!
PREÇO, desde 18340 euros
MOTOR, 1396 cc, 109 cv às 6200 rpm, 137 Nm às 5000 rpm, 16 válvulas CONSUMOS, 7,0/5,0/5,8 l (extra-urbano/combinado/urbano)
EMISSÕES POLUENTES 137 g/km de CO2
Alma com ritmo
SOUL é o seu nome e se a tradução do inglês é alma é pois a alma que vamos à procura neste novo produto da marca coreana.
Antes de mais, é realmente impressionante como uma marca que ainda há menos de uma dezena de anos, em plena crise económica coreana, foi salva da falência pelo gigante económico Hyundai, tem mostrado não apenas pujança como algum atrevimento na sucessão de novas criações com que tem vindo a renovar e enriquecer a sua gama de modelos de passageiros.
Mas a verdade é que estamos mais uma vez em plena crise económica e desta vez mundial. Terá o Soul alma suficiente para vingar?
QUE O SOUL desperta a atenção por onde passa, isso é inegável. Que tal possa representar carisma, torna-se tão complicado de afirmar quanto segmentá-lo enquanto produto. A definição que para mim melhor o explica, é a de um monovolume médio, moderno e com um tal acentuado sentido prático que o leva a querer parecer-se com um SUV. Ainda que com pretensões limitadas fora do alcatrão.
De familiar tem o espaço interior, embora a mala não seja tão espaçosa quanto seria de supor. O sentido prático não está tanto nas soluções funcionais, antes na forma e altura que lhe dão vantagem na facilidade de condução, mas retiram alguma dinâmica ao conjunto.
APRECIAÇÃO interior: revestimentos plásticos, embora macios ao toque, com aparência robusta e acabamentos de excelente nível.
Uma das características mais importantes do Soul é a capacidade de personalização do seu interior, nomeadamente ao nível de combinação de cores. É possível optar por estilos vivos e muito próprios, quer ao nível dos revestimentos habituais (assentos, volante, punho das mudanças ou painel das portas, por exemplo), mas também no tablier ou até mesmo na cobertura interior dos espaços destinados à arrumação de pequenos objectos.
É sobretudo uma questão de gosto e de vontade. Quem desejar pode até ver as colunas de som nas portas iluminadas, inclusive ao ritmo da música que esteja a tocar no sistema de som. Mas os que apreciam maior descrição podem sempre optar por um estilo mais sóbrio e menos espampanante.
HABITABILIDADE boa nos lugares dianteiros, mediana nos traseiros, sobretudo ao nível das pernas. A maior vantagem está na altura interior que lhe permite colocar este banco numa posição bastante confortável. A mala, como disse, surpreende pela pouca capacidade, abaixo dos 300 litros. Sob o piso existe um outro compartimento impermeável – carácter prático oblige – e sob este um pneu fino meramente de emergência.
A mala contêm diversas possibilidades de fixação da carga mas o banco traseiro apenas rebate assimetricamente os encostos e não circula longitudinalmente sobre calhas.
A ALMA do Soul é, afinal, o que se encontra menos à vista: o motor. Este 1.6 diesel que tão boa conta de si dá em diversos modelos do grupo Hyundai/Kia é não apenas bastante económico (e aqui surpreende ainda mais porque a forma da carroçaria não o favorece), como demonstra uma disponibilidade surpreendente na grande maioria das situações.
Em estrada chega mesmo a sentir-se a falta de uma sexta velocidade.
Com um coeficiente aerodinâmico que não o favorece - e isso nota nos ruídos provocados pelo vento na carroçaria -, o Soul tem ainda necessidade, devido à altura do conjunto, de apresentar uma suspensão mais rija que o prejudica ao nível do conforto.
É verdade que o resultado dinâmico satisfaz e bastante. Graças também ao controlo de estabilidade presente no equipamento de série, não apenas em estrada e em velocidade como a curvar, apresenta sempre um comportamento seguro sem grandes adornos de carroçaria.
A ALTURA favorece-o na transposição de alguns obstáculos e permite-lhe uma condução muito boa em cidade. A visibilidade é excelente em todos os sentidos, até porque o Soul é compacto nos seus pouco mais de quatro metros. Como auxiliares apresenta uma câmara traseira cujo monitor se encontra no espelho retrovisor monocromático ou sensores de parqueamento, ambos presentes apenas no nível de equipamento mais elevado. Contudo a utilidade da câmara acaba por ser algo limitada.
Apostando na juventude e na importância de um bom sistema de som, este crossover coreano apresenta entradas para fontes externas de som - i-pod, por exemplo ou ainda uma ficha USB – e está preparado para receber um acréscimo deste equipamento, seja um amplificador ou subwoofer na zona da mala.
PREÇO, desde 20 000 euros
MOTOR, 1582 cc, 128 cv às 4000 rpm, 16 V., 260 Nm entre as 1900 e as 2750 rpm, Injecção Directa common rail com turbo de geometria variável (VGT)
CONSUMOS, 6,3/4,6/5,2 l (cidade/estrada/misto)
EMISSÕES CO2, 137 g/km
Alma com ritmo
SOUL é o seu nome e se a tradução do inglês é alma é pois a alma que vamos à procura neste novo produto da marca coreana.
Antes de mais, é realmente impressionante como uma marca que ainda há menos de uma dezena de anos, em plena crise económica coreana, foi salva da falência pelo gigante económico Hyundai, tem mostrado não apenas pujança como algum atrevimento na sucessão de novas criações com que tem vindo a renovar e enriquecer a sua gama de modelos de passageiros.
Mas a verdade é que estamos mais uma vez em plena crise económica e desta vez mundial. Terá o Soul alma suficiente para vingar?
QUE O SOUL desperta a atenção por onde passa, isso é inegável. Que tal possa representar carisma, torna-se tão complicado de afirmar quanto segmentá-lo enquanto produto. A definição que para mim melhor o explica, é a de um monovolume médio, moderno e com um tal acentuado sentido prático que o leva a querer parecer-se com um SUV. Ainda que com pretensões limitadas fora do alcatrão.
De familiar tem o espaço interior, embora a mala não seja tão espaçosa quanto seria de supor. O sentido prático não está tanto nas soluções funcionais, antes na forma e altura que lhe dão vantagem na facilidade de condução, mas retiram alguma dinâmica ao conjunto.
APRECIAÇÃO interior: revestimentos plásticos, embora macios ao toque, com aparência robusta e acabamentos de excelente nível.
Uma das características mais importantes do Soul é a capacidade de personalização do seu interior, nomeadamente ao nível de combinação de cores. É possível optar por estilos vivos e muito próprios, quer ao nível dos revestimentos habituais (assentos, volante, punho das mudanças ou painel das portas, por exemplo), mas também no tablier ou até mesmo na cobertura interior dos espaços destinados à arrumação de pequenos objectos.
É sobretudo uma questão de gosto e de vontade. Quem desejar pode até ver as colunas de som nas portas iluminadas, inclusive ao ritmo da música que esteja a tocar no sistema de som. Mas os que apreciam maior descrição podem sempre optar por um estilo mais sóbrio e menos espampanante.
HABITABILIDADE boa nos lugares dianteiros, mediana nos traseiros, sobretudo ao nível das pernas. A maior vantagem está na altura interior que lhe permite colocar este banco numa posição bastante confortável. A mala, como disse, surpreende pela pouca capacidade, abaixo dos 300 litros. Sob o piso existe um outro compartimento impermeável – carácter prático oblige – e sob este um pneu fino meramente de emergência.
A mala contêm diversas possibilidades de fixação da carga mas o banco traseiro apenas rebate assimetricamente os encostos e não circula longitudinalmente sobre calhas.
A ALMA do Soul é, afinal, o que se encontra menos à vista: o motor. Este 1.6 diesel que tão boa conta de si dá em diversos modelos do grupo Hyundai/Kia é não apenas bastante económico (e aqui surpreende ainda mais porque a forma da carroçaria não o favorece), como demonstra uma disponibilidade surpreendente na grande maioria das situações.
Em estrada chega mesmo a sentir-se a falta de uma sexta velocidade.
Com um coeficiente aerodinâmico que não o favorece - e isso nota nos ruídos provocados pelo vento na carroçaria -, o Soul tem ainda necessidade, devido à altura do conjunto, de apresentar uma suspensão mais rija que o prejudica ao nível do conforto.
É verdade que o resultado dinâmico satisfaz e bastante. Graças também ao controlo de estabilidade presente no equipamento de série, não apenas em estrada e em velocidade como a curvar, apresenta sempre um comportamento seguro sem grandes adornos de carroçaria.
A ALTURA favorece-o na transposição de alguns obstáculos e permite-lhe uma condução muito boa em cidade. A visibilidade é excelente em todos os sentidos, até porque o Soul é compacto nos seus pouco mais de quatro metros. Como auxiliares apresenta uma câmara traseira cujo monitor se encontra no espelho retrovisor monocromático ou sensores de parqueamento, ambos presentes apenas no nível de equipamento mais elevado. Contudo a utilidade da câmara acaba por ser algo limitada.
Apostando na juventude e na importância de um bom sistema de som, este crossover coreano apresenta entradas para fontes externas de som - i-pod, por exemplo ou ainda uma ficha USB – e está preparado para receber um acréscimo deste equipamento, seja um amplificador ou subwoofer na zona da mala.
PREÇO, desde 20 000 euros
MOTOR, 1582 cc, 128 cv às 4000 rpm, 16 V., 260 Nm entre as 1900 e as 2750 rpm, Injecção Directa common rail com turbo de geometria variável (VGT)
CONSUMOS, 6,3/4,6/5,2 l (cidade/estrada/misto)
EMISSÕES CO2, 137 g/km