Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]

Cockpit Automóvel - Conteúdos Auto


Sexta-feira, 10.07.09

Honda Insight 1.3 SOHC i-VTEC


Carro mealheiro
.
Duas ideias a reter: um familiar económico, proveniente de uma grande marca, custa pouco mais de 20 mil euros. A segunda é que ensina a poupar
.

À partida, tem ar de concept-car. Quer dizer, não é propriamente um carro bonito, embora, em abono da verdade também não se possa afirmar que é feio.

Desde logo se lhe adivinha a sua veia futurista. Não é tão estranho quanto o primeiro Insight o foi quando surgiu no século passado (1999…), e é definitivamente mais prático e mais versátil.

Senão vejamos: este carro é aquilo a que se convencionou chamar um veículo híbrido, no caso motorizado com um motor de explosão (a gasolina) e auxílio de um outro eléctrico. Ora para o funcionamento deste último são necessárias baterias, geralmente pesadas e volumosas.

No Civic Hybrid, estas encontravam-se nas costas do banco traseiro impedindo o seu rebatimento. No Honda Insight isso já não acontece, localizando-se na zona da mala. Claro que por causa disso, o plano do piso ficou elevado e a capacidade, no total, vai pouco além dos 400 litros.

Para quem estranha, tirando o facto de umas linhas de certo modo futuristas, estudadas para optimizar a fluidez aerodinâmica, à vista praticamente nada o distingue de viaturas menos amiga do ambiente… porque é disso que aqui se trata.

Já quanto ao interior, o caso muda de figura!

.

.

Vamos jogar?

.

Não se trata propriamente de um jogo, mas quem quiser pode encará-lo como tal. Sem tentar parecer muito infantil na descrição, o objectivo é "ganhar" o maior número de flores, o mais completas possíveis e ainda… fazê-las florir!

O prémio? Bem, o prémio o condutor vai tendo-o ao longo da condução com aquilo que poupa ao ambiente e à sua carteira. À disposição tem uma série de informações: consumos médios e instantâneos, mas isso é habitual. Mas também indicações da eficiência da condução: uma luz no velocímetro verde indica poupança, a sua evolução para azul até um azul bem carregado, menos economia. Há ainda indicadores do modo como a energia está a ser utilizada ou de que forma a viatura está a ser impulsionada — só o motor a gasolina, os dois em simultâneo para aumentar a força ou só o eléctrico — se está a carregar as baterias em desaceleração, por exemplo, e as "plantinhas" vão nascendo e crescendo em concordância, ensinando e incentivando à poupança.

No fim quem for o melhor jardineiro, perdão condutor mais eficiente, leva a taça… e abre menos os cordões à bolsa nos reabastecimentos.

.

.

Divertido e prático

.

Foi assim que encarei este carro. De forma divertida, despretensiosa e consciente da importância destes veículos não apenas na conservação do nosso Planeta, mas também da nossa conta bancária, mais a mais em tempos de crise.

Por ser abrangido por benefícios fiscais é possível ao Honda Insight ter um preço bastante concorrencial e beneficiar ainda de bonificações no Imposto de Circulação.

Em termos práticos, feitas as contas, este Honda não é mais económico para a carteira do que alguns familiares com pequenos motores a gasóleo; mas que, à partida, custam mais, poluem mais e tendem a ser mais ruidosos.

Numa condução normal urbana, o consumo médio de combustível fica acima dos sete litros, pese embora um muito eficaz sistema Stop & Go. Em estrada e sem exagerar, conseguem-se médias em torno dos 5,5. Quanto a funcionar apenas com o motor eléctrico, é possível… mas às vezes tentar fazê-lo, torna-se num exercício de paciência e sensibilidade do pé que pisa o acelerador.

Onde este motor auxilia e muito, é nas ultrapassagens e recuperações, porque o funcionamento em simultâneo dispara o binário para um valor que o seu pequeno motor a gasolina não alcançaria. Nessas alturas ocorre também um aumento do ruído a bordo, em grande medida devido ao funcionamento da caixa de velocidades automática.

.

.

Realidade

.

Em que mais casos, por cerca de 20 mil euros se tem um familiar da Honda com caixa de velocidades automática? Para quem não gosta deste modo de transmissão, apenas um conselho: experimentem! É mais fácil acomodarmo-nos à "preguiça" e ao conforto do seu uso do que ao inverso…

No geral, o Insight é um carro que não prima por materiais nobres no interior, largamente compensado pelo rigor dos acabamentos. Está num patamar inferior ao Civic. O tablier é prático, bem aproveitado e com pequenos espaços. Embora algo diferente na disposição, basta uma olhar rápida aos comandos para que estes se tornem intuitivos.

Boa pontuação para o conforto, obra e graça de bancos que oferecem um excelente apoio do corpo. O espaço traseiro é normal, um pouco condicionado pela altura devido à forma da carroçaria. A suspensão macia perdoa alguns excessos de condução mas convém não abusar.

.

PREÇO, desde 20000 euros MOTOR, 1339 cc, 88 cv às 5800 rpm, 121 Nm às 4500 rpm, 16 válvulas CONSUMOS, 4,6/4,2/4,4 l (extra-urbano/combinado/urbano) EMISSÕES POLUENTES 101 g/km de CO2

Autoria e outros dados (tags, etc)

Quarta-feira, 27.05.09

ENSAIO: Honda Civic 1.4 i-VTEC Type S


É muito provavelmente, pelo menos para alguns, o modelo mais bonito e original do seu segmento. E um dos que melhor se destaca pelo arrojo das formas, com uma frente bastante desportiva em cunha, bem como de uma silhueta de facto inconfundível, ainda hoje senhora de um traço futurista e extremamente dinâmico. Impressão que, como mais adiante se verá, se estende ao habitáculo.
“TYPE S” passou a designar as versões de 3 portas nesta nova geração do Honda Civic. O seu uso é mais do que evidente para os entendidos: as versões mais desportivas da marca japonesa são designadas por Type R, epíteto que um modelo com apenas 1,4 l dificilmente obteria. Pelo menos em termos dinâmicos, porque se aproxima em matéria de imagem.

As alterações estéticas face à geração anterior não parecem muito pronunciadas e realmente não são; em equipa que ganha não se mexe. Mudou, no entanto, alguma coisa – e para melhor… – em termos dinâmicos, merecendo por isso distingui-lo: frente ainda mais agressiva herdada do Type R, tal como as “saias” laterais, e remodelação das ópticas dianteira e traseira. Interiormente, novos tecidos, cores e acabamentos, neste caso ainda um lote único de equipamento que inclui, entre outros, estofos em alcântara e decoração desportiva, ar condicionado, rádio/MP3 com entradas auxiliares.


Sem mais delongas, a alteração mais importante no caso, passou pelo ganho de potência do motor, de 83 para 100 cv. O “novo” motor 1.4 i-VTEC trouxe ainda uma necessária redução do nível de emissões de CO2 para 135g/km e maior binário face à anterior unidade de 1.4 litros. Claro que isto lhe dá melhores valores de aceleração e velocidade máxima, mas, em verdade, é preciso dizer que se tornou, para o bem e para o mal, num motor bastante rotativo. De resto, bem ao estilo dos carros nipónicos.

Quero com isto dizer que, dotado que é de uma caixa de seis velocidades, o Civic Type S aparenta ser, em estrada, um corredor de fundo. Sim, porque para se assemelhar a um de velocidade, “obriga” a “esticar” as mudanças até bem perto das 5000 rpm (veja-se onde está o binário), para finalmente se encontrar a desenvoltura necessária.


Ora isto vai inevitavelmente causar algum dispêndio extra de combustível. Que não se deseja.

Sem olhar a consumos, mas também sem andar constantemente a “puxar” por ele, a média do ensaio oscilou entre os sete e os oito litros, dependendo da lotação. Para quem se preocupar em poupar, o Civic Type S traz um indicador que aconselha à troca de velocidade e um conjunto de leds verdes que indica maior ou menor poupança durante a condução.
Resta dizer que no bom espírito desportivo, mantém-se a ignição com chave e um botão de “start” para o arranque, trazendo também um conjunto de pedais e repouso para o pé esquerdo em alumínio. O controlo electrónico do acelerador dispensa cabo e torna suave o acto de acelerar, tão suave quanto a capacidade de amortecimento da sua suspensão que reclama afinação mais desportiva. Suave até de mais porque não apenas balanceia o carro em curva – não o desvia da trajectória mas refreia o ânimo e isso provavelmente também se deve ao perfil dos pneus –, como se mostra sensível às alterações de estado do piso.

Lateralmente, de frente ou visto da traseira, o Civic Type S é de facto único e inconfundível. E se nalguns casos até nos pode transportar para o universo fantasioso da Banda Desenhada, essa visão é claramente acentuada no habitáculo. A forma e o jogo de luzes do tablier, o uso de indicadores digitais de velocidade, por exemplo, a forma e disposição dos comandos são um claro anúncio de ruptura com o tradicional.

Goste-se ou não, a verdade é que ele não tem uma posição de condução das mais intuitivas; tradicionalmente baixa, bem ao jeito desportivo, embora banco e coluna da direcção tenham ajustes em altura. Já o “pendura” não terá grandes hipóteses de flectir as pernas.


Adaptados ao estilo, encontram-se qualidades: bancos com excelente compleição, pena a memória dos dianteiros ser vaga depois de permitido o acesso aos lugares traseiros.

O espaço atrás não é mau para um 3 portas, apenas ligeiramente condicionado pela altura. Já a mala é boa para o segmento, quase 400 litros de capacidade, bem revestida e ganhando área ganho graças a um pneu suplente fino.
Há ainda a vantagem de, por debaixo dos bancos posteriores, ser possível acomodar objectos.


Falta-lhe a câmara, porque de luzes (em tom azulado, alegre e desportivo) e acção não peca o painel de bordo. A colocação do velocímetro em posição elevada e recuada faz com que por vezes se esconda atrás do volante, “obrigando” o conta-rotações a uma maior evidência. A pega do volante é excelente, com os comandos essenciais do rádio, computador de bordo e, também de série nesta versão, cruise control.

Embora se manobre bem e a estrutura compacta facilite o facto, a inclinação dos pilares dianteiros e a forma do vidro traseiro levantam algumas dificuldades em matéria de visibilidade. No equipamento encontram-se por isso os sensores de estacionamento traseiros, acrescendo, neste caso em todos os modelos da casa japonesa, uma garantia de 5 anos sem limite de quilómetros.

PREÇO, desde 22650 euros
MOTOR, 1339 cc, 100 cv às 6000 rpm,
127 Nm às 4800 rpm, 16 válvulas
CONSUMOS, 5,0/5,9/7,3 l (extra-urbano/combinado/urbano)
EMISSÕES POLUENTES, 139 g/km de CO2

Autoria e outros dados (tags, etc)

Quarta-feira, 27.05.09

Honda Civic 1.4 i-VTEC Type S



Aparência desportiva

É MUITO provavelmente, pelo menos para alguns, o modelo mais bonito e original do seu segmento. E um dos que melhor se destaca pelo arrojo das formas, com uma frente bastante desportiva em cunha, bem como de uma silhueta de facto inconfundível, ainda hoje senhora de um traço futurista e extremamente dinâmico. Impressão que, como mais adiante se verá, se estende ao habitáculo.



“TYPE S” passou a designar as versões de 3 portas nesta nova geração do Honda Civic. O seu uso é mais do que evidente para os entendidos: as versões mais desportivas da marca japonesa são designadas por Type R, epíteto que um modelo com apenas 1,4 l dificilmente obteria. Pelo menos em termos dinâmicos, porque se aproxima em matéria de imagem.
As alterações estéticas face à geração anterior não parecem muito pronunciadas e realmente não são; em equipa que ganha não se mexe. Mudou, no entanto, alguma coisa – e para melhor… – em termos dinâmicos, merecendo por isso distingui-lo: frente ainda mais agressiva herdada do Type R, tal como as “saias” laterais, e remodelação das ópticas dianteira e traseira. Interiormente, novos tecidos, cores e acabamentos, neste caso ainda um lote único de equipamento que inclui, entre outros, estofos em alcântara e decoração desportiva, ar condicionado, rádio/MP3 com entradas auxiliares.


SEM MAIS delongas, a alteração mais importante no caso, passou pelo ganho de potência do motor, de 83 para 100 cv. O “novo” motor 1.4 i-VTEC trouxe ainda uma necessária redução do nível de emissões de CO2 para 135g/km e maior binário face à anterior unidade de 1.4 litros. Claro que isto lhe dá melhores valores de aceleração e velocidade máxima, mas, em verdade, é preciso dizer que se tornou, para o bem e para o mal, num motor bastante rotativo. De resto, bem ao estilo dos carros nipónicos.
Quero com isto dizer que, dotado que é de uma caixa de seis velocidades, o Civic Type S aparenta ser, em estrada, um corredor de fundo. Sim, porque para se assemelhar a um de velocidade, “obriga” a “esticar” as mudanças até bem perto das 5000 rpm (veja-se onde está o binário), para finalmente se encontrar a desenvoltura necessária.

ORA isto vai inevitavelmente causar algum dispêndio extra de combustível. Que não se deseja.
Sem olhar a consumos, mas também sem andar constantemente a “puxar” por ele, a média do ensaio oscilou entre os sete e os oito litros, dependendo da lotação. Para quem se preocupar em poupar, o Civic Type S traz um indicador que aconselha à troca de velocidade e um conjunto de leds verdes que indica maior ou menor poupança durante a condução.
Resta dizer que no bom espírito desportivo, mantém-se a ignição com chave e um botão de “start” para o arranque, trazendo também um conjunto de pedais e repouso para o pé esquerdo em alumínio. O controlo electrónico do acelerador dispensa cabo e torna suave o acto de acelerar, tão suave quanto a capacidade de amortecimento da sua suspensão que reclama afinação mais desportiva. Suave até de mais porque não apenas balanceia o carro em curva – não o desvia da trajectória mas refreia o ânimo e isso provavelmente também se deve ao perfil dos pneus –, como se mostra sensível às alterações de estado do piso.



DE LADO, de frente e de traseira, o Civic Type S é de facto único e inconfundível. E se nalguns casos até nos pode transportar para o universo fantasioso da Banda Desenhada, essa visão é claramente acentuada no habitáculo. A forma e o jogo de luzes do tablier, o uso de indicadores digitais de velocidade, por exemplo, a forma e disposição dos comandos são um claro anúncio de ruptura com o tradicional.
Goste-se ou não, a verdade é que ele não tem uma posição de condução das mais intuitivas; tradicionalmente baixa, bem ao jeito desportivo, embora banco e coluna da direcção tenham ajustes em altura. Já o “pendura” não terá grandes hipóteses de flectir as pernas.

ADAPTADOS ao estilo, encontram-se qualidades: bancos com excelente compleição, pena a memória dos dianteiros ser vaga depois de permitido o acesso aos lugares traseiros.
O espaço atrás não é mau para um 3 portas, apenas ligeiramente condicionado pela altura. Já a mala é boa para o segmento, quase 400 litros de capacidade, bem revestida e ganhando área ganho graças a um pneu suplente fino.
Há ainda a vantagem de, por debaixo dos bancos posteriores, ser possível acomodar objectos.

FALTA-LHE a câmara, porque de luzes (em tom azulado, alegre e desportivo) e acção não peca o painel de bordo. A colocação do velocímetro em posição elevada e recuada faz com que por vezes se esconda atrás do volante, “obrigando” o conta-rotações a uma maior evidência. A pega do volante é excelente, com os comandos essenciais do rádio, computador de bordo e, também de série nesta versão, cruise control.
Embora se manobre bem e a estrutura compacta facilite o facto, a inclinação dos pilares dianteiros e a forma do vidro traseiro levantam algumas dificuldades em matéria de visibilidade. No equipamento encontram-se por isso os sensores de estacionamento traseiros, acrescendo, neste caso em todos os modelos da casa japonesa, uma garantia de 5 anos sem limite de quilómetros.

PREÇO, desde 22650 euros
MOTOR, 1339 cc, 100 cv às 6000 rpm,
127 Nm às 4800 rpm, 16 válvulas
CONSUMOS, 5,0/5,9/7,3 l (extra-urbano/combinado/urbano) EMISSÕES POLUENTES 139 g/km de CO2

Autoria e outros dados (tags, etc)


Pesquisar neste site

Pesquisar no Blog  

Quem somos...

"COCKPIT automóvel" é um meio de comunicação dirigido ao grande público, que tem como actividade principal a realização de ensaios a veículos de diferentes marcas e a divulgação de notícias sobre novos modelos ou versões. Continuamente actualizado e sem rigidez periódica, aborda temática relacionada com o automóvel ou com as novas tecnologias, numa linguagem simples, informativa e incutida de espírito de rigor e isenção.
"COCKPIT automóvel" é fonte noticiosa para variadas publicações em papel ou em formato digital. Contudo, a utilização, total ou parcial, dos textos e das imagens que aqui se encontram está condicionada a autorização escrita e todos os direitos do seu uso estão reservados ao editor de "Cockpit Automóvel, conteúdos automóveis". A formalização do pedido de cedência de conteúdo deve ser efectuado através do email cockpit@cockpitautomovel.com ou através do formulário existente na página de contactos. Salvo casos devidamente autorizados, é sempre obrigatória a indicação da autoria e fonte das notícias com a assinatura "Rogério Lopes/cockpitautomovel.com". (VER +)