Sexta-feira, 04.03.11

Esta designação “Sportium” no Peugeot 207 permite adivinhar a aproximação às versões “Sport”, com um nível bastante elevado de equipamento. O que já não acontece em relação ao preço! Explicando melhor: aos itens de série presentes em toda a gama 207, o “Sportium” acrescenta ajuda sonora (sensores) ao estacionamento traseiro, ar condicionado, regulador e limitador de velocidade, rádio/CD/MP3 “WIP Sound”, bancos dianteiros reguláveis em altura, jantes de liga leve de 15’’ (16’’ na SW 1.6 HDi), vidros escurecidos e, exclusivamente na carrinha, tecto panorâmico em vidro e barras de tejadilho em cromado. O preço das carroçarias de 3 ou 5 portas e da carrinha (SW) é pouco mais elevado do que as versões de entrada na gama.
Igualmente aliciante é o facto do “Sportium” ser ainda enriquecido com pormenores tão do agrado de alguns consumidores: pára-choques dianteiro com grelha cromada desportiva do tipo “GT” e faróis de nevoeiro integrados, pedaleira e soleira da porta em alumínio, volante em couro e painel de instrumentos com fundo branco e contorno cromado.
Um caso de sucesso
Depois de voltar a ser, em 2010, o carro mais vendido pela Peugeot em Portugal – e um dos mais procurados dentro do segmento dos utilitários – a gama 207 consegue, com esta versão especial, manter-se na “crista da onda”. Embora, face a concorrentes mais recentes, comece a acusar algum “envelhecimento” na ergonomia e na qualidade de alguns plásticos interiores, linhas exteriores atraentes e intemporais, além de um marketing convincente, não têm feito diminuir a sua procura. Claro que a facilidade de condução, o preço e o comportamento equilibrado contribuem bastante para isso, apesar de, em matéria de espaço, o 207 não dispor de um dos habitáculos mais amplos da sua categoria (ler AQUI sobre ensaio anterior).
Gama de motores
Com motores a gasolina de 1,4 l de 95 cv, ou diesel de 70 (1.4) e 92 cv (1.6 HDi), é ainda de realçar a moderação de consumos de qualquer destas motorizações. Ensaiado na versão de 5 portas, a gasolina, a média situou-se nos 7 litros. A carrinha, com o diesel mais potente, quedou-se nos 5,5 litros. Embora estes valores fiquem cerca de 1,2 litros acima dos que são anunciados pela marca, podem ainda assim ser considerados muito bons, já que foram realizados sem quaisquer preocupações em poupar a mecânica.
No que concerne à carrinha, uma das versões mais procuradas no mercado português, oferece um comportamento dinâmico à altura de um motor com capacidade mais do que suficiente para animar o conjunto. Embora não seja esta a sua versão mais potente (actualmente 110 cv), também não oferece, por causa disso, consumos muito mais comedidos do que os verificados na 308 SW, por exemplo. Claro que uma caixa de cinco velocidades, menos desmultiplicada, e a tentação para retirar prazer da condução de um conjunto compacto e com uma atitude tão equilibrada, acabou por levar a uma condução muito mais interessada no prazer do que na poupança. E para esse prazer e segurança muito contribui o controlo de estabilidade, presente de série em todas as versões.

Preços
A estrutura de preços do Peugeot 207 Sportium começa nos 14.500 euros para o “3 portas” a gasolina e 18.735 para o 1.4 HDi de 70 cv com a mesma carroçaria. Já as variantes de 5 portas e a carrinha têm preços de 14.900 e 17.915, a gasolina, e respectivamente, 19.135 e 22.010 para as versões a gasóleo.
Valores simpáticos para o equipamento proposto. Nomeadamente na SW que contempla ainda um magnifico tecto panorâmico com cortina retráctil e a versatilidade de uma mala bem aproveitada e de maiores dimensões, cerca de 340 litros de capacidade.
Naquele que será o seu último ano antes da chegada do substituto 208, o actual 207 mantém um design bonito. Pouco ou nada desactualizado e bastante personalizado. Mais ainda na carrinha, com uma forma traseira bastante característica e vidro de abertura independente do portão traseiro. Mas quer a altura permitida para os ocupantes do banco traseiro, quer a qualidade demasiado rígida de alguns plásticos e a sua fixação devem beneficiar obrigatoriamente de uma revisão na próxima geração de utilitários da marca do leão.
Dados mais importantes |
Preços desde | 14 500 (3p.), salvo promoções |
Motores | 1.4 i: 1397 cc, 95 cv/6000 rpm, 136 Nm/4000 rpm, 16V 1.6 HDi: 1560 cc, 92 cv/4000 rpm, 215 Nm/1750 rpm, 16 V |
Prestações | 1.4 i: 185 km/h, 12,1 seg. (0/100 km/h)
1.6 HDi: 183 km/h, 12,3 seg. (0/100 km/h) |
Consumos (médio/estrada/cidade) | 1.4 i: 5,8 / 4,8 / 7,6 litros
1.6 HDi: 4,2 / 3,5 / 5,2 litros |
Emissões Poluentes (CO2) | 135 (1.4 i)/ 110 (1.6 HDi) gr/km |
Outros modelos Peugeot recentemente ensaiados
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Segunda-feira, 24.08.09

Multiusos
Definitivamente uma das propostas mais engraçadas e funcionais do seu
género. Se a habitabilidade é uma das suas valências principais, já a
inesperada estabilidade em estrada constitui um trunfo deveras
importante

Muitos carros com este formato – não muito grandes nem pesados e com
carroçarias mais altas — costumam sofrer, em velocidade, de alguma
falta de estabilidade que se reflecte sobre a direcção, obrigando o
condutor a permanentes correcções na trajectória.
É um facto que não foram concebidos para grandes rasgos de condução e
até mesmo este C3 Picasso requer atenção em curvas mais acentuadas. Na
maioria das vezes nem é a segurança que está em causa; simplesmente,
por causa do centro de gravidade e da posição de condução mais
elevados, a sensação de adorno da carroçaria é acentuada.
Após alguns dias de o ter provocado, a sensação que me deixou é a de
que, nesse campo, oferece um comportamento melhor do que seria de
supor num carro com perfil aerodinâmico anunciado de quase 0,31 cx! E
se alguma vez sensibilidade ao vento mostrou, foi apenas a circular
numa das pontes que liga Lisboa ao Sul.
De dentro para fora
O Citroën C3 Picasso parece um carro construído ao contrário: de
dentro para fora. Se assim foi, o que se pretendia e se conseguiu
obter, foi mais espaço e funcionalidade. Geralmente, quando isso
acontece, nem sempre o resultado exterior é o mais interessante. Não é
o caso do C3 Picasso, que além de jovial e descontraído, dispõe de
muitos pormenores que lhe dão imensa graça e dificilmente o fazem
passar despercebido.

O interior é inovador, alegre e quem gosta de pequenos espaços
certamente não ficará desiludido. O habitáculo oferece bastantes –
entre os bancos não é o mais funcional e, dependendo dos objectos, os
que forem colocados sobre o tablier podem saltitar e incomodar em
andamento –, os forros das portas são amplos, de lado, nos bancos
dianteiros, existem mais e há tabuleiros retráteis a servir os lugares
traseiros. Até mesmo os 385 litros de capacidade total da mala são
bons (ampliáveis a 500 l já que o banco traseiro corre
longitudinalmente sobre calhas), existindo um fundo duplo sobre um
pneu fino de emergência.
Os lugares traseiros transportam sem dificuldade 3 passageiros.
Equilibrado

Referida a versatilidade e abordado o bom comportamento em curva,
resta dizer que embora disponha de uma suspensão mais firme, nem por
causa disso o conforto é grandemente prejudicado. Relativamente bem
insonorizado face ao ruído do motor e apenas deixando pressentir algum
do efeito do vento sobre a parte frontal – e apenas quando em
velocidade –, o C3 Picasso apresenta uma mais do que razoável
capacidade de amortecimento em mau piso. Nessas circunstâncias o que
mais me desagradou foi um ruído proveniente dos encaixes dos plásticos
que revestem e compõem a parte central do painel de bordo, onde se
agrupam um conjunto de informações digitais provenientes do
velocímetro, do computador de bordo e sistema áudio, entre outros.
Uma posição de condução elevada e um manípulo da caixa bem próximo do
volante, não só ajudam a tornar cómodo o acto de o dirigir, como
melhoram a própria visibilidade, sobre os comandos e para o exterior.
90 cavalos são suficientes para a agilidade e poder de manobra em
cidade, e até mesmo em estrada, onde em velocidade e sem carga, se
permite a andamentos e recuperações que surpreendem. Com mais peso e
em percursos mais íngremes poderá revelar maiores limitações, em todo
o caso, o que com esta versão seguramente se pretende, é acima de tudo
versatilidade de uso e economia: mais no preço de custo (cerca de 2500
euros a menos no correspondente nível de equipamento face ao mesmo
motor com 110 cv), do que nos consumos que não sofrem um acréscimo
significativo.
PREÇO, desde 20 335 euros MOTOR, 1560 cc, 16 V, 90 cv às 4000 rpm.,
215 Nm às 1750 rpm CONSUMOS, 6,1/4,1/4,8 l (cidade/estrada/misto)
EMISSÕES POLUENTES 128 g/km de CO2
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Quinta-feira, 26.02.09

Multifuncional
NO ESSENCIAL, o resultado da análise ao
Citroën Berlingo Combi, feita no verão passado, aplica-se a
o
Peugeot Partner. É sabido que os 2 modelos do construtor automóvel francês PSA - de que fazem parte a Peugeot e Citroën -, partilham mais do que a parte mecânica, assemelhando-se também no aspecto, tanto exterior como ao nível do habitáculo. A distinção é feita com elementos identificadores da marca, como é também hábito, por uma secção dianteira onde grelha, pára-choques e grupo óptico assumem formas distintas.
Para além da importância como veículos comerciais, nas versões de 2 lugares, ou mesmo em uso misto trabalho/lazer, nas variantes de 5, o pretexto para esta tomada de contacto foi uma versão que a Peugeot designa como
Tepee.
Pelas suas características de multifuncionalidade, este género de modelos adapta-se bastante bem a uma utilização mais lúdica; neste caso, para além de dotada de soluções engenhosas, práticas e modulares, o grupo francês deu particular atenção ao aspecto exterior, dotando esta
Partner de um estilo inegavelmente moderno, original e mais atraente .
A GAMA dos modelos que adoptam a designação
Tepee, engloba também o
Bipper e o
Expert. «O» ou «a»
Partner situa-se entre os dois em termos de tamanho e capacidade. Desenvolvido sobre a plataforma do
308, algumas versões da nova geração possuem características interessantes, entre elas a possibilidade de poderem dispor de um banco dianteiro com capacidade para 3 ocupantes. Quando rebatido esse banco acessório, podem transportar-se objectos até 3 metros de comprimento!
Mas a funcionalidade ao nível dos bancos não se fica por aqui; no caso do
Tepee ensaiado, é possível retirar os 3 bancos traseiros individuais, aumentando significativamente a capacidade da mala que, em condições «normais» sob a chapeleira, é de uns significativos 625 litros e assim pode chegar aos 3000.
Esta segunda geração, tem ainda como novidade duas versões com 4,38 m ou 4,63 m de comprimento.
ANALISANDO mais atentamente este modelo, é necessário acrescentar-lhe ainda outro aspecto, a designação
Outdoor que possui, para além de decorações específicas que fazem jus ao nome, protecção inferior do motor e suspensão mais alta, o que torna ainda mais polivalente a o seu uso.
Em termos estéticos, pela forma e pelo jogo de cores, o resultado é feliz. Justificando os quase 3000 euros a mais face à versão Confort, devem acrescentar-se, entre outros, os
airbags laterais, rádio/CD/
MP3, retrovisores eléctricos e aquecidos, sensores de chuva e iluminação e barras exteriores no tejadilho.
Existe ainda uma outra diferença fundamental a nível mecânico. O motor 1.6 HDi apresenta 110 cv face aos 90 da versão
Confort.
AO CONCEITO que integra várias funcionalidades, o grupo gaulês atribui o nome
Ludospace, pretendendo vincar a polivalência, tanto em termos de disponibilidade de espaço, como do seu aproveitamento.
Situando-se como uma alternativa mais económica face aos
SUV,
Crossover, monovolumes e afins, é não apenas generoso na disponibilidade de espaços para arrumação, como o seu uso se adapta facilmente a actividades mais radicais. É o caso das duas barras transversais em posição invertida que, no interior, permitem suspender ou transportar objectos mais longos como pranchas de
surf ou até colocar uma rede para casacos ou outros acessórios leves.
Existem múltiplos exemplos de aproveitamento de espaço: sob o piso à frente dos bancos traseiros, por debaixo dos bancos dianteiros e no tablier, atrás do volante, no tejadilho sobre os lugares da frente e um espaço enorme entre estes.
Quanto ao conforto, que costuma ser uma das pechas deste género de veículos, é dedicada especial atenção à insonorização e apenas o ruído de rolamento, em parte devido aos pneus largos, se pressente consoante o tipo de piso. A aerodinâmica mais cuidada diminui em muito a acção do vento e, ainda que a altura e uma superfície frontal bastante ampla sejam um obstáculo, a forma e inclinação quebram eficazmente a resistência do mesmo.
O HABITÁCULO alto, e uma suspensão mais elevada requerem maior firmeza da mesma para evitar não só o indesejado efeito bamboleante como colocar em risco a segurança das suas reacções. Em termos de posição de condução e até mesmo de comportamento, não é possível disfarçar o conceito. Mesmo assim, gostei particularmente da sua condução, acessível e até mesmo confortável após vários quilómetros em bom piso.
Para o bom comportamento em estrada contribui a pujança dos 110 cv desta versão, a acção conjunta do controlo de estabilidade (opcional, 450€), a suspensão e os pneus mais largos que ajudam a controlar qualquer desvio de trajectória. De notar que, apesar da forma de carroçaria pouco favorável, os consumos são bastante modestos, beneficiando a autonomia.
APESAR DISSO e da aparência não é um carro destinado a grandes rasgos de condução. Ágil, mais confortável e mais bonito, a versão
Tepee Outdoor assume uma forte componente lúdica, descontraída, informal mas ainda assim também familiar, devido ao carácter modular do seu habitáculo.
O
tablier vai buscar alguma inspiração aos
SUV, destacando-se, mais uma vez, pela disponibilidade de pequenos espaços e pela disposição acessível e prática dos comandos. A posição elevada do manípulo da caixa de cinco velocidades, torna prático o manuseamento. O banco do condutor dispõe de regulação em altura e profundidade, tal como o volante, o que facilita bastante em matéria de visibilidade. Se para a frente e lateralmente a ampla superfície vidrada ajudam, para trás é sempre possível contar com a ajuda de sensores no pára-choques, um extra que o encarece em 300€.
Com um lote de equipamento pouco usual nesta categoria, o
Tepee pode ser enriquecido com um opcional de 750 euros, um tecto panorâmico em vidro. As portas laterais traseiras de correr contam apenas com vidros de abertura em compasso.
PREÇO, desde 25 000 euros MOTOR, 1560 cc, 110 cv às 4000 rpm, 16 V, 260 Nm às 1750 rpm, turbocompressor de geometria variável, common-rail, filtro de partículas CONSUMOS, 6,8/4,9/5,6 l (cidade/estrada/misto) EMISSÕES POLUENTES 147 g/km de CO2
Autoria e outros dados (tags, etc)
Quinta-feira, 26.02.09

Multifuncional
NO ESSENCIAL, o resultado da análise ao
Citroën Berlingo Combi, feita no verão passado, aplica-se a
o
Peugeot Partner. É sabido que os 2 modelos do construtor automóvel francês PSA - de que fazem parte a Peugeot e Citroën -, partilham mais do que a parte mecânica, assemelhando-se também no aspecto, tanto exterior como ao nível do habitáculo. A distinção é feita com elementos identificadores da marca, como é também hábito, por uma secção dianteira onde grelha, pára-choques e grupo óptico assumem formas distintas.
Para além da importância como veículos comerciais, nas versões de 2 lugares, ou mesmo em uso misto trabalho/lazer, nas variantes de 5, o pretexto para esta tomada de contacto foi uma versão que a Peugeot designa como
Tepee.
Pelas suas características de multifuncionalidade, este género de modelos adapta-se bastante bem a uma utilização mais lúdica; neste caso, para além de dotada de soluções engenhosas, práticas e modulares, o grupo francês deu particular atenção ao aspecto exterior, dotando esta
Partner de um estilo inegavelmente moderno, original e mais atraente .
A GAMA dos modelos que adoptam a designação
Tepee, engloba também o
Bipper e o
Expert. «O» ou «a»
Partner situa-se entre os dois em termos de tamanho e capacidade. Desenvolvido sobre a plataforma do
308, algumas versões da nova geração possuem características interessantes, entre elas a possibilidade de poderem dispor de um banco dianteiro com capacidade para 3 ocupantes. Quando rebatido esse banco acessório, podem transportar-se objectos até 3 metros de comprimento!
Mas a funcionalidade ao nível dos bancos não se fica por aqui; no caso do
Tepee ensaiado, é possível retirar os 3 bancos traseiros individuais, aumentando significativamente a capacidade da mala que, em condições «normais» sob a chapeleira, é de uns significativos 625 litros e assim pode chegar aos 3000.
Esta segunda geração, tem ainda como novidade duas versões com 4,38 m ou 4,63 m de comprimento.
ANALISANDO mais atentamente este modelo, é necessário acrescentar-lhe ainda outro aspecto, a designação
Outdoor que possui, para além de decorações específicas que fazem jus ao nome, protecção inferior do motor e suspensão mais alta, o que torna ainda mais polivalente a o seu uso.
Em termos estéticos, pela forma e pelo jogo de cores, o resultado é feliz. Justificando os quase 3000 euros a mais face à versão Confort, devem acrescentar-se, entre outros, os
airbags laterais, rádio/CD/
MP3, retrovisores eléctricos e aquecidos, sensores de chuva e iluminação e barras exteriores no tejadilho.
Existe ainda uma outra diferença fundamental a nível mecânico. O motor 1.6 HDi apresenta 110 cv face aos 90 da versão
Confort.
AO CONCEITO que integra várias funcionalidades, o grupo gaulês atribui o nome
Ludospace, pretendendo vincar a polivalência, tanto em termos de disponibilidade de espaço, como do seu aproveitamento.
Situando-se como uma alternativa mais económica face aos
SUV,
Crossover, monovolumes e afins, é não apenas generoso na disponibilidade de espaços para arrumação, como o seu uso se adapta facilmente a actividades mais radicais. É o caso das duas barras transversais em posição invertida que, no interior, permitem suspender ou transportar objectos mais longos como pranchas de
surf ou até colocar uma rede para casacos ou outros acessórios leves.
Existem múltiplos exemplos de aproveitamento de espaço: sob o piso à frente dos bancos traseiros, por debaixo dos bancos dianteiros e no tablier, atrás do volante, no tejadilho sobre os lugares da frente e um espaço enorme entre estes.
Quanto ao conforto, que costuma ser uma das pechas deste género de veículos, é dedicada especial atenção à insonorização e apenas o ruído de rolamento, em parte devido aos pneus largos, se pressente consoante o tipo de piso. A aerodinâmica mais cuidada diminui em muito a acção do vento e, ainda que a altura e uma superfície frontal bastante ampla sejam um obstáculo, a forma e inclinação quebram eficazmente a resistência do mesmo.
O HABITÁCULO alto, e uma suspensão mais elevada requerem maior firmeza da mesma para evitar não só o indesejado efeito bamboleante como colocar em risco a segurança das suas reacções. Em termos de posição de condução e até mesmo de comportamento, não é possível disfarçar o conceito. Mesmo assim, gostei particularmente da sua condução, acessível e até mesmo confortável após vários quilómetros em bom piso.
Para o bom comportamento em estrada contribui a pujança dos 110 cv desta versão, a acção conjunta do controlo de estabilidade (opcional, 450€), a suspensão e os pneus mais largos que ajudam a controlar qualquer desvio de trajectória. De notar que, apesar da forma de carroçaria pouco favorável, os consumos são bastante modestos, beneficiando a autonomia.
APESAR DISSO e da aparência não é um carro destinado a grandes rasgos de condução. Ágil, mais confortável e mais bonito, a versão
Tepee Outdoor assume uma forte componente lúdica, descontraída, informal mas ainda assim também familiar, devido ao carácter modular do seu habitáculo.
O
tablier vai buscar alguma inspiração aos
SUV, destacando-se, mais uma vez, pela disponibilidade de pequenos espaços e pela disposição acessível e prática dos comandos. A posição elevada do manípulo da caixa de cinco velocidades, torna prático o manuseamento. O banco do condutor dispõe de regulação em altura e profundidade, tal como o volante, o que facilita bastante em matéria de visibilidade. Se para a frente e lateralmente a ampla superfície vidrada ajudam, para trás é sempre possível contar com a ajuda de sensores no pára-choques, um extra que o encarece em 300€.
Com um lote de equipamento pouco usual nesta categoria, o
Tepee pode ser enriquecido com um opcional de 750 euros, um tecto panorâmico em vidro. As portas laterais traseiras de correr contam apenas com vidros de abertura em compasso.
PREÇO, desde 25 000 euros MOTOR, 1560 cc, 110 cv às 4000 rpm, 16 V, 260 Nm às 1750 rpm, turbocompressor de geometria variável, common-rail, filtro de partículas CONSUMOS, 6,8/4,9/5,6 l (cidade/estrada/misto) EMISSÕES POLUENTES 147 g/km de CO2
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