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Cockpit Automóvel - Conteúdos Auto


Quinta-feira, 24.11.11

ENSAIO: Dacia Sandero 1.2/75 cv Bi-Fuel (GPL)

A decisão de compra de um carro como este é invariavelmente racional. O Sandero não é particularmente bonito, não provém de uma marca conhecida ou com créditos firmados e não dispõe de um interior capaz de encher o olho. Mas é um carro honesto. Despido de preconceitos, simples e prático, a robustez e altura do chassis permitem-lhe algumas “habilidades” sem risco de ferir a sua integridade física. Mais racional pode tornar-se a sua escolha quando, a um preço que à partida já é bastante acessível (9000 euros + despesas), se junta agora, por pouco mais, uma económica versão bi-fuel. O GPL (*) tem alguns contras, como o estacionamento ou o fantasma da segurança. Só que, feitas as contas, as vantagens são inegáveis.

O motivo é incontornável e, goste-se ou não da ideia, quem olha para um Dacia Sandero é em primeiro lugar atraído pelo preço.
E este é, realmente, bastante apelativo! Menos de 10 mil euros dão acesso a um utilitário espaçoso, com um equipamento base escasso, é verdade, mas como se diz na gíria, tem volante, quatro rodas e um motor.
É contudo bastante injusto reduzi-lo a este epíteto. Mais certo é que, com o decorrer do tempo, possamos acabar por apreciar-lhe a estética ou desculpar a pouca insonorização do interior. Ou até a abundância de plásticos rígidos, o anacronismo da colocação de certos comandos (como os dos vidros eléctricos) ou a pobreza do desenho do tablier e do equipamento presente. Certamente acabaremos por lhe apreciar a facilidade com que, graças a tudo isto, se limpa o seu interior ou como é fácil (mas também mais barata) a sua manutenção.


Feito para resistir


Qualquer Dacia é feito para durar e suportar condições duras. Neste carro está muito presente a política do “forte e feio” que imperou na parte leste da Europa. Os automóveis da marca romena – apesar desta hoje fazer parte do universo Renault –, são necessariamente veículos de manutenção fácil e rápida; afinal, por aquelas bandas ainda impera muito o “desenrascanço”…
Por isso dispõe de um chassis robusto e ligeiramente elevado. Isso dá-lhe liberdade e algum à-vontade, sobretudo ao transitar nas esburacadas estradas da parte leste da Europa.
Que são como algumas portuguesas após uns dias de chuva intensa…


Herdeiro mecânico


O Dacia Sandero tem muito da geração anterior do Renault Clio (ver AQUI ensaio com o mesmo motor), superando-o no capítulo da habitabilidade. A distância entre eixos é, inclusive, superior à da geração actual do utilitário francês e os pouco mais de 4 metros de comprimento proporcionam-lhe até uma habitabilidade boa para um utilitário. Mas também uma bagageira com 320 litros de capacidade, ao nível da de alguns familiares, extensível até aos 1200 litros.
No entanto, não é de esperar nem demasiado conforto, nem demasiada funcionalidade. Uma ou outra estão apenas na justa medida. O equipamento base é igualmente espartano. Para tudo o mais do que o estritamente necessário há que abrir os cordões à bolsa.


Motor equilibrado


AQUI está presente o resultado do ensaio à versão animada exclusivamente pelo motor 1.2 de 75 cv a funcionar a gasolina. Em muitos aspectos o desempenho é exactamente o mesmo.
Para manter a robustez deste motor na passagem ao módulo bi-fuel, foram reforçadas as válvulas e a sede das válvulas.
Os benefícios de um módulo GPL são a redução significativamente dos custos de utilização e das emissões de CO2, além de estender a autonomia deste Sandero até aos 1200 km.
Trunfo desta versão é ainda a vantagem fiscal inerente ao facto de ter diminuído as emissões. O que permite a este Dacia custar apenas 10550 euros, com um equipamento que é montado directamente na fábrica e que, por causa disso, não interfere na garantia de 3 anos ou 100.000 km.
É verdade que lhe falta o ar condicionado, o rádio, alguns airbags e os vidros eléctricos; por isso os 11350 euros da versão “confort” que se segue talvez sejam uma opção a ponderar.


Alternativa ao diesel


Esta variante é igualmente uma alternativa bastante válida ao Sandero diesel, 2500 euros mais caro. Aos custos de manutenção mais reduzidos, junta-se o facto do GPL ser mais barato. E ainda que apresente consumos de GPL superiores, da ordem dos 8 ou 9 litros a cada 100 km, é praticamente imperceptível qualquer variação de desempenho do Sandero, quer este esteja a andar a gasolina ou a GPL.
Há, evidentemente, algumas ressalvas. Com o motor ainda frio a vantagem pertence à gasolina. Em andamento basta seleccionar o carburante pretendido através de um pequeno botão colocado junto ao manípulo das mudanças.
Este botão indica não apenas qual o carburante que está a ser utilizado, como a quantidade de GPL ainda disponível. O tanque deste combustível não é muito grande e foi colocado sob o chassis, no local onde antes se situava o pneu suplente.
Em vez deste passou a existir simplesmente um kit anti-furo, mas a capacidade da mala não foi prejudicada.
Aborrecido é o facto de, pelo menos por enquanto, a legislação portuguesa não permite estacioná-lo em garagens subterrâneas.


(*) O GPL (Gás de Petróleo Liquefeito) é um combustível mais ecológico do que a gasolina, não contém enxofre, chumbo ou benzeno e a sua combustão não emite qualquer tipo de partículas.



Dados mais importantes
Preço10.550 euros
Motor
1149 cc, 16 V, 75 cv às 5500 rpm., 107 Nm às 4250 rpm 
Prestações
161 km/h, 13,6 seg. (0/100 km/h)
Consumos (médio/estrada/cidade)
5,9 / 4,9 / 7,6 litros (gasolina)
Emissões Poluentes (CO2)122 gr/km (em módulo GPL)
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Quinta-feira, 13.10.11

APRESENTAÇÃO: Dacia Sandero Bi-Fuel

Com um preço bastante acessível, o Sandero é também um dos mais espaçosos do segmento. Com a chegada de uma versão bi-fuel passa igualmente a ser um dos mais económicos, O motor 1.2 16V de 75 cv (VER ENSAIO AQUI), associado ao módulo GPL, reduz significativamente os custos de utilização e emite menos 12% de CO2. Disponível a partir dos 10.550 euros, a marca Dacia acentua cada vez mais o seu conceito “low cost”. Agora também nos consumos.


Económico e fiável, com emissões de CO2 limitadas a 122 g/km (em modo GPL), o Dacia Sandero 1.2 75 cv bi-fuel passa a ser um automóvel mais ecológico. O GPL (Gás de Petróleo Liquefeito) é um combustível mais ecológico do que a gasolina, não contém enxofre, chumbo ou benzeno e a sua combustão não emite qualquer tipo de partículas.
Com um preço a partir de 10.550 €, é, no género, a proposta mais barata do mercado. Estão disponíveis dois níveis de equipamento: Pack e Confort. Para além deste preço extremamente competitivo, beneficia ainda de um custo de utilização inferior, graças à diferença de preço do litro de GPL face ao da gasolina.
A colocação do reservatório de GPL não interfere com a capacidade da bagageira, que se mantém de 320 litros.

Autonomia recorde

Com dois reservatórios, tanto pode funcionar a gasolina ou a GPL. Isso confere-lhe uma autonomia recorde que, com ambos os reservatórios cheios pode atingir os 1200 km. Através de um comutador situado junto à base da alavanca da caixa de velocidades, o condutor pode seleccionar o modo pretendido.
Este motor a gasolina responde perfeitamente aos critérios de custo, robustez e facilidade de manutenção que caracterizam a marca Dacia. Para receber a possibilidade do bi-fuel foram reforçadas as válvulas e a sede das válvulas.

Garantias de segurança

O equipamento GPL foi desenvolvido pela Landi Renzo, especialista e líder mundial nos equipamentos GPL para automóveis. Cumpre e respeita ainda todas as exigências e normas Europeias para a instalação de equipamentos GPL para automóveis.
Montado directamente na fábrica, a adopção do bi-fuel não tem qualquer impacto na garantia, que, tal como os restantes modelos Dacia, é de 3 anos ou 100.000 km.

Sucesso em Portugal

Em 2011 (Janeiro a Agosto), a Dacia fez a sua entrada no TOP 20 do mercado de Veículos de Passageiros. É ainda a marca com maior crescimento (+94,3%) no mercado nacional, e só nos primeiros oito meses do ano, praticamente triplicou a sua quota de mercado. A principal razão é o Dacia Duster (VER AQUI), o 3º SUV mais vendido em Portugal. O Sandero representa 20% das vendas da marca.

(elaborado com base em documento distribuído pelo Departamento de Comunicação da marca)

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Segunda-feira, 21.09.09

Dacia Sandero 1.2 16 V

Espaçoso e eficaz

A partir de 7660 euros diz a publicidade!… Ainda que para isso seja
preciso aderir ao programa para veículos em fim de vida e beneficiar
do subsídio oficial, em todo o caso, por este ou pelo preço total, o
Sandero não tem rival


Para quem ainda não sabe, a Dacia é uma marca romena que há
muitos anos fabrica, sob licença da marca francesa, modelos Renault.
Desde que foi comprada pelo grupo gaulês, a Dacia tem renovado a gama
com novos modelos, embora naturalmente baseados na mecânica e em
muitos componentes Renault. A mais recente criação é o Sandero que,
com este motor 1.2, chega aos mercados europeus por um valor
verdadeiramente arrasador.
Vendido em Portugal a partir dos 10 mil euros, é concebido sobre a
plataforma da anterior geração do Renault Clio, enquanto que o motor
1.2 de 75 cv é o que serve a actual versão do carro francês.
No interior a qualidade esperada atendendo ao segmento mas
principalmente ao preço: plásticos rijos embora sólidos, poucas falhas
e isentos de ruídos parasitas. Com um desenho bastante simples mas
prático e funcional, construído de forma a poupar na construção
(cablagens, montagem), e, posteriormente, na própria manutenção por
ser mais elementar. Não se inibe em oferecer elementos suficientes de
conforto e todos os necessários de segurança, consoante o nível de
equipamento. Não sendo o seu ponto forte, a insonorização também não é
verdadeiramente de lamentar.

Atitude incipiente

No que realmente se destaca é na habitabilidade, um elemento sempre
bastante importante nestes casos. Reivindica uma bagageira com 320
litros de capacidade e, rebatendo os bancos, o valor chega aos 1200
litros. Suficientemente amplo para os ocupantes, se atendermos às 5
portas e ao facto de ultrapassar os 4 metros de comprimento, nesta
classe, poucos modelos se lhe podem comparar nestes valores. E custam
mais.
A suspensão propicia um conforto que não se distingue pela negativa e
um desempenho que não inspira grandes paixões. Não sendo inseguro, é
um modelo sem grandes pretensões para além das familiares ou
funcionais. Os pneus consentem um escorregar controlável em curvas
mais exigentes, a carroçaria insinua um ligeiro e previsível adorno.
Demonstra mais apetência para uma condução tranquila, embora o motor
de 75 cv até se aguente bem quando provocado. Nessas circunstâncias
"carrega" nos consumos; em circunstâncias "ideais"os cerca de 6 litros
de média que o construtor anuncia, não são uma miragem inalcançável.

PREÇO, desde cerca de 10000 euros MOTOR, 1149 cc, 75 cv às 5500 rpm.,
107 Nm às 4250 rpm CONSUMOS, 7,6/4,9/5,9 l (cidade/estrada/misto)
Emissões CO2, 139 g/Km

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