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Cockpit Automóvel - Conteúdos Auto


Quinta-feira, 27.12.12

Desenvolvimentos da Aliança PSA Peugeot Citroën e General Motors: veículos em comum, novos motores e unidades industriais em mercados emergentes

 

Na sequência do acordo cujos pormenores podem ser vistos neste texto, os dois construtores confirmaram que a sua Aliança Estratégica Global irá inicialmente abranger três projectos comuns de desenvolvimento de plataformas de veículos e a criação de uma organização conjunta de compras. Revelaram ainda a intenção de desenvolverem em conjunto uma próxima geração de pequenos motores a gasolina, económicos e de alta performance, bem como novos projectos de veículos e de iniciativas industriais na América Latina e noutros mercados emergentes. (PROSSEGUIR PARA A NOTÍCIA COMPLETA SOBRE O ACORDO ENTRE O GRUPO PSA E A GENERAL MOTORS)

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Quarta-feira, 23.05.12

ANÁLISE: Acordo de cooperação entre a Mazda e a Fiat

A Mazda e a Fiat confirmaram a intenção de desenvolverem e produzirem, em conjunto, um novo carro desportivo de dois lugares para as marcas Mazda e Alfa Romeo. Baseado na arquitectura da próxima geração do Mazda MX-5 com tracção traseira, será esse o futuro Alfa Romeo Spider? E quanto ao fabricante japonês? Depois do divórcio com a Ford, esta é uma tentativa para tentar restabelecer-se dos prejuízos causados pela forte valorização da moeda japonesa?


Vamos primeiro aos factos: um memorandum de entendimento entre o fabricante japonês e o grupo construtor automóvel italiano prevê o desenvolvimento de dois “roadsters” com tracção traseira e peso reduzido, perfeitamente diferenciados.
Terão estilos distintos e farão um apelo forte aos ícones que dizem respeito à história individual de cada uma das marcas, apesar de baseado na próxima geração do MX-5/Miata. O Mazda MX-5 Concept Spyder, apresentado em finais de 2011, parece querer antecipar algumas das características do novo modelo. 

Ficou ainda estabelecido que cada um dos modelos possuirá mecânicas específicas e exclusivas.
Ainda que isso não tenha sido referido, à semelhança de outras parcerias semelhantes, é possível que venha a ocorrer a partilha pontual de motores em determinados mercados.
Os veículos deverão ser fabricados na fábrica da Mazda em Hiroshima (Japão), estando previsto que o arranque da produção do modelo da Alfa Romeo ocorra em 2015.

Benefícios mútuos


Para a Alfa Romeo, a principal vantagem é poder ter acesso ao historial e aos conhecimentos técnicos da Mazda, que concebeu e produz, desde 1989, o desportivo de dois lugares mais vendido de todos os tempos (ler AQUI o último ensaio feito a este modelo e AQUI estão as novidades incluídas na versão de 2012).
Depois da “aquisição” da americana Chrysler e do acesso a uma gama de veículos de grande porte, bem como a uma melhor penetração nos mercados emergentes da América do Sul, o grupo Fiat quer apostar cada vez mais na internacionalização e volta-se agora para a Ásia.
Já para o fabricante japonês é a possibilidade de cooperar, partilhar recursos mas sobretudo custos de desenvolvimento, com um grupo fortemente implantado na Europa. Até porque, Mazda e a Fiat aceitam discutir outras oportunidades de cooperação.
A Mazda é o quinto maior construtor automóvel do Japão e a maior parte das suas fábricas localiza-se em território japonês. Exporta cerca de 80 por cento da sua produção e há quatro anos que sofre prejuízos por causa da valorização do iene, que torna os carros que produz menos competitivos nos mercados internacionais.
O acordo final deverá ser assinado na segunda metade de 2012, tendo ficado claro que não envolverá a concentração do capital.

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Terça-feira, 06.03.12

ANÁLISE: A aliança PSA/General Motors, outros exemplos e razões para acontecer

Em tempo de crise juntam-se esforços e concertam-se energias. O grupo francês PSA, detentor das marcas Peugeot e Citroën, e o gigante americano General Motors anunciaram a criação de uma Aliança estratégica mundial que assenta em dois pilares principais: partilha de plataformas de veículos, componentes e módulos e a criação de uma “joint-venture” de compras à escala mundial (para produtos e serviços), com um volume de compras combinado de 125 mil milhões de dólares. Trata-se de um movimento vulgar no sector automóvel que recrudesce em tempos de crise.

A General Motors, que esteve à beira da falência no rebentar da bolha económica nos EUA e foi salva da falência pela injecção de dinheiros públicos, e o prestigiado construtor francês continuarão, contudo, a comercializar veículos de modo independente e de acordo com a sua própria política comercial.
A GM (Opel, Chevrolet, Vauxhall, Buick e Cadillac, entre outras) foi, ao que tudo indica, o grupo construtor que mais vendeu em 2011, beneficiando dos problemas da Toyota derivados do terramoto que assolou o Japão e das graves cheias na Tailândia, em 2011.
O grupo francês é o segundo maior grupo construtor inteiramente europeu e a produção acumulada para as duas marcas permite que se mantenha regularmente entre os 10 maiores fabricantes mundiais de veículos.
No âmbito deste acordo, a General Motors entra em 7% do capital e torna-se no segundo maior accionista da PSA Peugeot Citroën, atrás do grupo da família Peugeot.

Objectivos imediatos e futuros

Trata-se de um acordo benéfico para ambas as partes. Para os franceses permitirá a entrada de recursos financeiros e o acesso ou o reforço da presença em mais mercados, nomeadamente os emergentes, além de uma importante economia de escala. Mas para os americanos, este acordo importa também pelo acesso ao desenvolvimento técnico que a mecânica francesa representa no segmento dos motores diesel e na tecnologia de controlo das emissões poluentes e das energias alternativas.
Por isso, a partilha de plataformas permitirá aos dois grupos desenvolver aplicações à escala mundial e implementar programas de novas concepções a custos significativamente mais reduzidos. Numa fase inicial, a PSA Peugeot Citroën e a General Motors desejam concentrar-se nos veículos particulares de passageiros, nomeadamente nos segmentos de pequeno e médio porte, nos monovolumes e nos «crossovers».
Posteriormente, os dois parceiros pretendem desenvolver, em conjunto, uma nova plataforma para veículos com baixas emissões de CO2. Os primeiros automóveis produzidos com esta plataforma conjunta começarão a ser comercializados em 2016. Nos termos do acordo, a PSA Peugeot Citroën e a General Motors deverão partilhar um certo número de plataformas, módulos e componentes numa base mundial.

Outros exemplos de união

Este tipo de “encontro de vontades” não representa nada de inédito e é muito semelhante aquele que, num tempo bem recente, foi firmado entre a também francesa Renault (curiosamente, em meados dos anos 80, a empresa também foi ajudada economicamente pelo governo francês) e a japonesa Nissan.
Nos tempos que correm, muito poucos são já os fabricantes automóveis que agem inteiramente sozinhos. Se é que ainda existem!
Por isso, ao longo da história do automóvel são vários os exemplos de união e partilha de esforços, quer na concepção de modelos como do seu fabrico. Ou até a aquisição de empresas, dando posteriormente lugar, ou não, ao desaparecimento das marcas. Trata-se de um movimento que geralmente ocorre em alturas de crise económica, como aquele que há cerca de uma década aconteceu na Coreia e que levou à formação do grupo Hyundai/Kia, actualmente o quarto maior em volume de produção.
A General Motors foi detentora da marca sueca Saab, comprada em 1990 e vendida a um grupo económico em 2010. Actualmente em processo de insolvência resta-lhe a esperança de poder ser adquirida por um grupo construtor chinês, a exemplo do que aconteceu com a também sueca Volvo. Aliás, empresas chinesas são detentoras de outras marcas europeias com grande historial, como é o caso da Rover.
O grupo Fiat (Fiat, Alfa Romeo, Lancia e Ferrari, entre outras) foi outra empresa que, depois de ultrapassar momentos de dificuldade, consolidou recentemente o seu crescimento económico com a aquisição da maioria das acções da construtora americana Chryler (Chrysler, Dodge, Jeep…). Curiosamente, em 1998, este centenário construtor americano (que na Europa comercializou as marcas Sunbeam, Singer, Hillman e Simca, por exemplo), deu lugar à então maior aliança da história automóvel, quando se uniu com a conceituada Daimler-Benz, fabricante dos prestigiados Mercedes. O desencadear da crise económica nos Estados Unidos precipitou o fim deste acordo em 2009.
Na Europa, contudo, o caso mais conhecido de concentração é o do gigante alemão VW. Em 2011 conquistou a segunda posição do raking dos fabricantes, possuindo, no seu cartel, um leque de marcas de respeito: VW, Audi, Seat, Skoda, Bentley, Scania, Lamborghini, Man, para referir apenas as designações ainda activas.

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