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Cockpit Automóvel - Conteúdos Auto


Sábado, 26.03.11

Filtro particulas de um motor diesel

Carros como o Mitsubishi ASX 1,8 DiD – e, de um modo geral, todos os novos motores diesel preparados para cumprir a actual norma ambiental europeia que regula as emissões poluentes automóveis designada “Euro 5” – incluem um filtro de partículas no seu sistema de escape (ver AQUI o modo de funcionamento).
Acontece que tal acessório, mesmo que não exija a manutenção periódica ou a sua substituição após um determinado período, obriga o condutor a manter alguns cuidados para o seu bom funcionamento. Principalmente nos casos em que a viatura é normalmente utilizada para curtas deslocações urbanas, muitas vezes até sem dar tempo para que o motor e o turbo aqueçam e atinjam a temperatura ideal de funcionamento.(*)

Nunca é demais lembrar os condutores – e este conselho é igualmente válido para todos os consumidores em geral – sobre a importância da leitura dos manuais de utilização de qualquer produto e o de um automóvel não é excepção.
Veja-se esta explicação bastante elucidativa retirada exactamente do manual do ASX, respeitante ao funcionamento, cuidados a ter e explicação dos sinais de alerta relativos ao sistema de filtro de partículas deste modelo na versão com motor diesel:



Sistema de escape de um motor Peugeot-Citroen

“O filtro de partículas diesel (DFT) é um dispositivo que captura a maior parte das partículas existentes de gases de escape dos motores diesel. O DFT queima automaticamente as partículas capturadas durante o funcionamento do veículo. Sob determinadas condições, contudo, o DFT não é capaz de eliminar as partículas aprisionadas. Como resultado, acumula-se uma quantidade excessiva de partículas no interior.
Para minimizar a probabilidade de uma acumulação excessiva de partículas, evitar conduzir muito tempo a baixas velocidades e deslocar-se repetidas vezes em trajectos curtos.
Se o aviso de DFT acender durante o funcionamento do veículo, isso indica que não foi capaz de efectuar a queima de todas as partículas aprisionadas. De forma a permitir que o DFT queime todas as partículas, conduzir da seguinte maneira:
Com o gráfico da temperatura do fluído de refrigeração do motor estabilizado mais ou menos a meio da escala, conduzir durante cerca de 20 minutos a uma velocidade de pelo menos 40 km/h.”
Embora não seja referido, em casos esporádicos pode acontecer o retorno ao motor de partículas e resíduos de combustível, não “queimado” e em excesso neste depósito, acabando por se misturar com o óleo lubrificante. Em consequência do aumento da quantidade do lubrificante pode surgir um novo aviso no painel de instrumentos da viatura, alertando para uma situação que obriga à substituição integral do óleo.
Como facilmente se percebe, uma despesa perfeitamente evitável caso se conheçam e respeitem as indicações do fabricante.


(*) Geralmente a queima das partículas acontece quando os gases de escape atingem temperaturas superiores a 500 º

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Sexta-feira, 06.08.10

Sistemas de Escape:

Protecção do ambiente



Servem para conduzir os gases resultantes do ciclo da combustão de gasolina ou gasóleo no interior do motor de um automóvel. No inicio, a preocupação era fazer diminuir o barulho, embora o seu papel e a sua importância sejam o de não piorar o ar que respiramos.

Muito se tem falado aqui sobre o impacto que normas ambientais mais rigorosas provocam sobre o sector da indústria automóvel. O que talvez a maioria dos nossos leitores não saiba é que, por causa disso, determinados sistemas de escape, completos, chegam a custar mais de dois mil euros.
O aumento do trânsito automóvel
avolumou a emissão de gases nocivos para a saúde
Claro está que nos referimos a conjuntos que englobam não apenas a tubagem e a panela ou silenciador, como antigamente sucedia, mas também o catalisador e vários retentores ou filtros de partículas, que praticamente transformam o gás resultante da combustão em mero dióxido de carbono.
A título de exemplo, o primeiro filtro de partículas para motores diesel surgiu em 2000. A Tenecco, empresa norte-americana que sob a marca Walker é líder no fabrico deste género de equipamento, desenvolveu-o em parceria com o grupo PSA, para equipar carros deste construtor como o Citroën C5 ou o Peugeot 406. Dez anos depois está disponível em praticamente todas as grandes marcas de veículos.
Passou mesmo a ser comercializado no mercado de acessórios, podendo, em determinados casos, substituir sistemas de exaustão mais antigos.

Como funcionam

Para que os leitores possam perceber do que estamos a falar, um técnico da Walker ajuda a explicar, de uma forma muito sintética, a sua tarefa no ciclo de funcionamento do motor de um automóvel. “O gás da combustão e os resíduos presentes no combustível, cumprida a sua função no motor, são libertados para uma tubagem ao longo da qual existem um mais 'depósitos'. Nesses 'depósitos' acumulam-se as partículas nocivas para o ambiente e para a saúde das pessoas (algumas cancerígenas) que, através de um aumento provocado da temperatura, são queimadas (incineradas) e desta forma eliminadas”.
Um sistema actual é bastante evoluído
e não dispensa o recurso à electrónica
Esse processo a que se chama “regeneração”, do qual se pretende que resulte simplesmente dióxido de carbono, justifica a crescente electrónica que passou a estar associada a um sistema que, no início, não era mais um aglomerado de tubos, chapa e por vezes até amianto, uma fibra mineral altamente cancerígena e por isso proibida há largos anos. Os sistemas actuais recorrem ainda ao uso de materiais mais nobres (e mais caros), que esse aumento da tecnologia implica.
Inicialmente com um período de vida de cerca de 80 a 120 mil quilómetros – do uso do veículo em cidade, em distâncias curtas e com pouco aquecimento do motor, ou em estrada, com viagens mais prolongadas e regimes mais elevados, vai depender a sua longevidade —, os sistemas mais modernos irão poder durar a vida inteira de um automóvel, necessitando apenas de manutenção simples.

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