Depois das impressões tidas durante um primeiro e breve contacto que aconteceu por alturas do início da sua comercialização em Portugal (VER AQUI), este é o resultado de um ensaio mais prolongado a mais um SUV que surge com excelentes qualidades para baralhar as contas de um segmento por enquanto dominado pelo Nissan Qashqai. Perceba a seguir as razões para isso acontecer.
Os SUV já eram uma moda, mas a popularidade do Qashqai trouxe uma acrescida (e aguerrida) importância ao segmento. Mais altos do que um familiar “convencional”, com ou sem acréscimo de modularidade interior face a estes, qualquer SUV oferece uma posição de condução mais elevada e, por causa disso, uma sensação de maior segurança. Ora se no passado nem sempre isso era verdade, os rigorosos testes de colisão do Euroncap atribuíram a classificação máxima ao ix35, com destaque para a mais elevada pontuação do segmento, no capítulo da protecção das crianças. Para quem procura diferença às linhas habituais que circulam nas estradas portuguesas, não restam dúvidas de que este modelo é uma excelente opção. Ainda por cima, provém de uma marca que recentemente foi considerada a melhor no índice de satisfação, em inquérito feito a condutores da Alemanha e do Reino Unido quanto à fiabilidade dos seus automóveis.
Até à chegada do modelo dotado de um mais competitivo (em termos de preço) motor 1.7 (à partida com os mesmos níveis de equipamento salvo uma ou outra alteração pontual justificada pelo preço), as vendas deste modelo em Portugal têm sido feitas sobretudo com a versão de 184 cv do motor de dois litros. Embora com um preço acima dos 34 mil euros (cerca de 2 mil a mais face à versão de 136 cv, em grande medida justificado pelo acréscimo de equipamento), o ix35 tem conhecido grande procura em Portugal, ao ponto de existir uma lista de espera de alguns meses!
Potência vs comportamento
Em relação a esta versão mais potente, apenas me desapontou a falta de confiança que a suspensão oferece em percursos mais exigentes. Sem nunca afectar a segurança, a circunstância de ser demasiado macia e claramente orientada para o conforto dos ocupantes, facilita o adorno da carroçaria em curva, sensação que a altura da posição de condução acentua ainda mais.
Até por causa da diminuta altura em relação ao solo (17 cm), o ix35 não é um "todo o terreno". Esta versão não possui sequer tracção total (o que faria ser considerada "classe 2" nas portagens), nem redutoras, nem qualquer outra ajuda à condução fora de estrada. Apesar disso, a estrutura parece oferecer alguma confiança na transposição de pequenos obstáculos.
Convém, no entanto, não ser demasiado ousado. Mesmo as variantes com tracção total são mais indicadas para percursos escorregadios com gelo ou neve, por exemplo, do que para andar "aos saltos" numa qualquer planície alentejana.
Qualidade global
O interior é convidativo e prossegue o acréscimo de qualidade a que a marca coreana nos tem habituado nas suas criações mais recentes, com destaque para a funcionalidade dos comandos e visibilidade dos instrumentos.
A típica posição de condução oferece boa visibilidade e é sempre útil a presença de sensores para ajudar no estacionamento. Confortável, os bancos dianteiros oferecem bom apoio e não faltam os pequenos espaços para depositar pequenos objectos.
Apostando numa boa mala (600 l.) e numa excelente habitabilidade do banco traseiro, satisfazendo plenamente necessidades mais familiares, esta versão mais potente do ix35 não se inibe perante uma condução mais despachada e dinâmica.A franca disponibilidade deste motor não regateia esforços quando se exige mais dele em estrada aberta, bem coadjuvado por uma caixa de velocidades que apresenta uma sexta claramente vocacionada para o controlo dos consumos. A média do ensaio rondou os oito litros, o que não é nada mau atendendo ao peso e volumetria do conjunto. O painel de instrumentos contém um indicador da mudança mais correcta para a velocidade a que se transita.
PREÇO, desde 34300 euros MOTOR, 1995 cc, 16 V, 184 cv às 4000 rpm, 383 Nm das 1800 às 2500 rpm, common-rail, turbo de geometria variável de comando electrónico (E-VGT) e intercooler CONSUMOS, 7,1/5,1/5,9 l (cidade/estrada/misto) EMISSÕES CO2, 154 g/km
O Hyundai ix35 mede 4,41 metros de comprimento por 1,83 m de largura. A altura varia 1,66 e 1,7 metros, consoante o tipo de tracção. É sobretudo mais comprido e mais baixo do que o antecessor, o Hyundai Tucson. Ganhou alguma habitabilidade embora este dado não seja muito expressivo.
Os ângulos de ataque, saída e ventral são respectivamente 24,2º, 26,9º e 17º. O raio de viragem é de 5,3 metros.
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É a novidade mais recente da marca coreana. Pelas características não é de admirar que tenha pretensões de ser o maior concorrente desse grande sucesso de vendas que é o Nissan Qashqai. Lá presença e atitude ele tem. Muito marcante por sinal...
Para alcançar esse desígnio e cobiçar vendas mais significativas há, contudo, que esperar até ao final do ano, altura em chega uma versão bastante mais competitiva equipada com um novo bloco diesel 1.7 CRDi com 115cv, cujo preço deverá estar próximo dos €25000. Por enquanto, as vendas vão concentrar-se em duas versões do motor 2.0 CRDi, com 136 ou 184 cv. Preços a partir dos €30000 para a variante de entrada na gama.
À nova designação dos veículos do construtor (começados por “i”), o Hyundai ix 35 acrescenta a si próprio a letra que lhe marca o carácter especial. E de tão particular tem a silhueta, mais simpática mas também dominada por um carácter bastante mais vincado do que o do modelo que vem substituir, o Tucson.
O comportamento dinâmico parece capaz de agradar rapidamente aos entusiastas deste género de veículos, embora a suspensão macia, claramente orientada para o conforto, provoque um excessivo balancear do conjunto.
Várias propostas
À escolha existem 3 níveis de equipamento – Classic, Comfort e Style –, tracção dianteira ou às quatro rodas e caixa de velocidades automática, também com seis relações. Estas duas últimas especificações, caixa e tracção integral, é exclusivo de uma variante com 184 cv do motor 2.0 CRDi. Naturalmente mais caras (a partir de €36500 em 4x4, €45000 com C.A.), estas versões passam a contar com sistema de auxílio em descidas pronunciadas e controlo de arranque em subida.
Interior e equipamento
Do interior pode dizer-se que parece bem construído, funcional e com recurso a materiais de qualidade. É, além de mais, jovem, bonito e dinâmico. Oferece espaço suficiente em viagem, com destaque para a mala com praticamente 600 l de capacidade.
O equipamento pode incluir todos os extras mais actuais, como câmara de estacionamento traseira ou tecto de abrir panorâmico. De série tem entradas auxiliares de som, assim como uma nova garantia integral de 5 anos que inclui assistência em viagem e “check-up” anual gratuitos durante o mesmo período de tempo.
PREÇO, desde 32000 euros (4x2 comfort) MOTOR, 1995 cc, 16 V, 184 cv às 4000 rpm, 383 Nm das 1800 às 2500 rpm, common -rail, turbo de geometria variável de comando electrónico (E-VGT) e intercooler CONSUMOS, 7,2/5,4/6,1 l (cidade/estrada/misto) EMISSÕES CO2, 159 g/km
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