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Cockpit Automóvel - Conteúdos Auto


Quinta-feira, 23.06.11

ENSAIO: Nissan Juke 1.5 dCi/110 cv

No aspecto assemelha-se a um pequeno todo o terreno. Tem uma aparência irreverente, uns faróis altos e desafiadores e até uma imagem vagamente máscula na assertividade das linhas que lhe vincam as cavas das rodas. Um cocktail bem servido para alguns, capaz de arrebatar corações que não se condicionem por questões de espaço e apreciem o moderno, o diferente e o ousado. Mas não é, de todo, um todo o terreno. Também não é um carro familiar. Exactamente porque o Juke não pretende pertencer a nenhum padrão previamente categorizado. Este texto complementa o ensaio anterior efectuado à versão 1.6 a gasolina (ver AQUI).


O Juke ambiciona ser algo de novo. Mais pela forma do que pelo conceito em si. Nisso assume-se como um misto de pequeno “SUV” ou “Crossover” urbano. É um carro cujas dimensões compactas favorecem o poder de manobra e com uma posição de condução alta que facilita a visibilidade. Não menos importante, alguma robustez (e 18 cm de altura ao solo) do chassis, ajudam-no a enfrentar melhor as agruras de certos obstáculos urbanos. Como, por exemplo, as crateras que habitualmente povoam as estradas portuguesas após alguns dias de chuva.

Interior tecnológico

Na verdade ele desperta atenções por onde passa. Ou mesmo cobiça. Garantidamente. Possui formas diferentes, fortemente personalizadas e um desenho da grelha que lhe dá um ar alegre. Eixos colocadas nos extremos da carroçaria e vincos laterais acentuam-lhe ainda mais as cavas das rodas, contribuindo também para disfarçar a presença de portas traseiras, já de si discretas devido à forma do manípulo que as abre.
Com formas ousadas, o interior contém algumas características capazes de satisfazerem plenamente quem não tem que dar grande uso ao banco traseiro ou dispensa maior capacidade da mala. Sobretudo para aqueles que apreciam a novidade, o design e a diversidade tecnológica. Como a própria Nissan o anuncia, parte da estrutura e dos comandos pretendem fazer lembrar uma moto, reforçando com isso um lado mais desportivo do Juke.
A verdade é que, tal como por é por fora, o habitáculo do Nissan Juke é um exercício de estilo e sedução; envolvente, colorido e luminoso, contempla fichas USB e jack de 3,5 mm para a ligação dos habituais “gadgets” tecnológicos. Aos que gostam de ir controlando e variando o andamento, algumas versões permitem mesmo fazê-lo através de um sistema de controlo dinâmico. Com 3 modos de condução – eco, normal e sport – torna-se possível fazer variar a resposta à aceleração, diminuindo os consumos ou aumentando as capacidades dinâmicas do motor. Gráficos coloridos, projectados num pequeno ecrã, permitem acompanhar todo o processo (saber mais no final).

Motor competente

Apesar do Juke não ser um carro para gente muito alta, aquilo que condiciona mais uma melhor posição de condução é a ausência de regulação em profundidade do volante. Porque os bancos dianteiros até proporcionam apoio e a altura a que se encontram permite uma visibilidade boa em andamento.
Já em manobra é sobretudo necessária uma certa habituação aos limites, curiosamente os dianteiros; a posição elevada dos faróis, salientes do capot, levam o condutor a crer estar mais perto de um obstáculo do que efectivamente se encontra.
Quanto à motorização cumpre globalmente o que lhe é pedido. Não se evidencia demasiado em termos de ruído e mostra-se capaz de assegurar uma condução tranquila e económica em cidade. Fora dela, beneficiando do pouco peso do Juke e de uma carroçaria que procura atenua a maior resistência aerodinâmica, fornece-lhe uma agilidade que, em certos momentos, até pode considerar-se desportiva. Embora à custa de um maior conforto dos ocupantes.

Estilo vs habitabilidade

O Juke não é um carro de perfeições. É um objecto de estilo e de sedução. Por isso se deve entender que, apesar de exteriormente apresentar mais de 4 metros de cumprimento, nem a habitabilidade traseira, nem a capacidade da mala (cerca de 250 litros, mais alguma coisa sob o piso) constituam referência.
Jovem e tecnologicamente muito dotado, o Juke assegura a possibilidade de personalização com algum equipamento capaz de “encher o olho” mas que, passada a novidade, muito provavelmente deixará de ter grande uso para a maioria dos seus proprietários. Refiro-me muito concretamente ao sistema de controlo dinâmico que, ainda por cima, obriga o condutor a ter que optar entre ter disponível as informações sobre o motor ou os comandos do dispositivo de climatização. Além de mais, o painel informativo situa-se numa posição baixa, o que poderá levar a retirar os olhos da estrada mais tempo do que o recomendável.
Neste pequeno ecrã que, como se afirmou, reparte informações e comandos com o sistema de climatização, projectam-se instruções e avisos que permitem optar entre uma condução mais tranquila e poupada (modo eco), ou mais desportiva. Isso é conseguido fazendo variar parâmetros mecânicos como a resposta do motor, o seu regime de trabalho ou a pressão do turbo, mas também gerindo outros gastos de energia como o ar condicionado ou a direcção assistida.
Para melhor entender o seu funcionamento segue-se um texto acessório, baseado no “press release” do próprio departamento de comunicação da marca.

Dados mais importantes
Preços desde21650 euros (Visia) *
Motores
1461 cc, 110 cv às 4000 rpm, 240 Nm às 1750, common rail, 8V, turbo com geometria variável
Prestações
175 km/h, 11,2 seg. (0/100 km/h)
Consumos (médio/estrada/cidade)
6,1 / 4,5 / 5,1 litros
Emissões Poluentes (CO2)134 gr/km
(*) Não inclui despesas administrativas e de transporte

Desempenho comandado

Um sistema de controlo inovador permite ao condutor escolher a forma como o automóvel se comporta na estrada, fornecendo ao condutor total controlo sobre as definições dinâmicas do automóvel ou adequando-as às condições da estrada, ao tempo ou ao ambiente no momento.
O Sistema Nissan de Controlo Dinâmico (NDCS) é um avançado comando central do condutor e um sistema de informação do Juke que permite alterar as definições da dinâmica do automóvel, assim como ajustar funções mais óbvias, como o controlo de climatização.
Programado para funcionar em oito idiomas diferentes – português, inglês, francês, alemão, italiano, espanhol, russo e holandês – o ecrã digital, montado centralmente, altera a visualização, cor e funções, dependendo do modo em que está a funcionar.
No modo climático, por exemplo, o visor apresenta a definição da temperatura interior, enquanto os "botões" apresentam as opções de fluxo de ar. No entanto, no Modo D, é alternada a funcionalidade desses "botões", permitindo ao condutor escolher entre os modos Normal, Desportivo ou Eco.
Dependendo do motor, cada definição altera os mapas de aceleração, a programação da CVT, o “peso” da direcção e até o desempenho do ar condicionado, de forma a adequarem-se às condições e propósitos do condutor. Na definição "Sport" do Modo D, por exemplo, o mapa de aceleração é afinado para fornecer rotações do motor mais elevadas e uma resposta mais rápida. Já na definição "Eco", as rotações no motor são reduzidas para um progresso mais suave. Na versão M-CVT (caixa automática) a definição Desportiva introduz até uma subida de velocidade "rítmica" automática que simula as passagens de uma caixa manual na linha vermelha das rotações.
O esforço na direcção no modo desportivo é mais firme e responde mais depressa, enquanto no modo "Normal" é mais leve e linear. Na definição Eco, a quantidade de ar frio a circular no habitáculo é optimizada para reduzir o consumo energético do sistema.
As definições do automóvel, tal como a sensibilidade dos faróis automáticos e fecho automático das portas, podem também ser ajustadas através do sistema. Informa ainda sobre a velocidade média, eficiência do combustível, tempo de viagem, binário do motor e pressão do turbo, assim como o histórico de consumo de combustível diário.
Por fim, o sistema incorpora também um indicador de Força G.

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Segunda-feira, 31.01.11

ENSAIO: Nissan Juke 1.6i/120 cv Eco (4x2)

A marca japonesa não pára de surpreender, apresentando versões ousadas e fadadas para o sucesso. A uma estética arrojada mas funcional, ou a uma imagem fortemente personalizada mas apelativa e capaz de despertar paixões, junta-se a tradicional qualidade e fiabilidade dos seus produtos. Este pequeno “animal” urbano que responde pelo nome de Juke é mais um. Mas a oferta promete não ficar por aqui. Ao longo de 2011, a Europa ficará a conhecer mais novidades igualmente arrebatadoras.

Modelo citadino com ares de todo-o-terreno, o Juke impõe linhas exteriores que se destacam, principalmente nas formas dianteiras ao nível do grupo óptico e da grelha.
Com formas compactas (4,13 metros de comprimento por menos de 1,8 de largura contacto com os retrovisores), o Nissan Juke não é um carro espaçoso, nomeadamente ao nível do banco traseiro (pouco largo e acanhado para as pernas), nem de mala, com pouco mais de 250 litros.
Embora, neste último caso, se possa contar com a funcionalidade de um fundo duplo (+ 41 litros) onde se aloja uma caixa impermeável sobre um pneu suplente mais fino.
Já os lugares dianteiros, embora também sem grande desafogo, oferecem o desejado conforto. Garantida está igualmente a funcionalidade dos comandos, maior do que aquela que é oferecida pelos pequenos espaços para a guarda de objectos pessoais. Destaque para o desenho da consola entre os bancos e para a forma alegre e colorida como surgem as informações do ar condicionado.
A altura mais elevada do conjunto — atrever-me-ia a dizer que este carro será bastante do agrado do público feminino —, favorece a visibilidade, além das manobras poderem contar com a ajuda de uma câmara traseira que faz parte da lista de opcionais.

Não tão alto assim...

A maior altura em relação ao solo (cerca de 18 cm) e umas jantes de 16 polegadas permitem-lhe algum à-vontade quando o piso se degrada. Mas é preciso ter presente que, apesar disto e de alguns reforços ou protecções, o Juke não é um todo-o-terreno. Faltam-lhe as ajudas à condução em situações extremas dessa natureza, ao contrário daquelas que o condutor pode contar no que concerne ao andamento em estrada ou a velocidades mais elevadas: auxílio electrónico à travagem e controlo de estabilidade, que fazem parte do equipamento de série de qualquer versão, tal como... os seis airbags para o caso de alguma coisa correr menos bem.

Gasolina ou diesel?

Bom é o desempenho da motorização ensaiada, apesar da caixa de cinco velocidades nem sempre conseguir acompanhar, em rapidez, o que os 120 cv do motor prometem. Embora o interesse da maior parte dos consumidores recaia naturalmente sobre a versão diesel 1.5 dCi com 110 cv, importa ter presente que esta última custa mais 3000 euros. Se considerarmos uma diferença de 20 cêntimos entre o preço dos dois combustíveis, para uma quilometragem média da ordem dos 20000 km/ano, feitas as contas, a versão a gasóleo só se torna rentável a partir do sexto ano!
Mesmo conferindo uma vantagem de 1 litro no consumo médio para a versão diesel, sem considerar que, normalmente, as revisões programadas de um motor a gasóleo tendem a ser mais caras. Em contrapartida, a procura e o valor de retoma são mais elevados do que as versões a gasolina.
Por falar em consumos, o Juke 1.6i anuncia uma média de 6,4 litros, mas a do ensaio ficou exactamente um litro acima. O que não é mau num carro com maior resistência aerodinâmica.
Uma campanha actualmente em vigor oferece condições vantajosas em leasing, além de alargar a garantia para 4 anos e oferecer o seguro contra danos próprios durante o primeiro ano.

Dados mais importantes
Preços desde+/- 18 250 (Visia)
Motor
1598 cc, 16 V, 120 cv às 6000rpm, 158 Nm às 4000 rpm
Prestações
178 km/h, 11 seg. (0/100 km/h)
Consumos (médio/estrada/cidade)
6,4 / 5,3 / 8,1 litros
Emissões Poluentes (CO2)147 gr/km

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