Com o objectivo de melhorar a dinâmica e, desse modo, também reduzir as emissões de CO2, aquele que é o modelo mais vendido da Mazda no Mundo apresenta uma nova secção frontal, um pára-choques traseiro redesenhado e jantes de raios com novo design. Já no interior, o Mazda3 ganhou novos materiais, cores, funcionalidade, equipamento e um habitáculo mais silencioso.
No capítulo mecânico, mantêm-se os quatro a gasolina, incluindo os dois blocos de injecção directa com turbo, e as três unidades diesel. Qualquer deles passíveis de ser emparelhado com caixas de velocidade de cinco ou seis velocidades ou uma transmissão automática de cinco velocidades. Novo neste ‘line-up’ é uma versão automática Activematic, aplicável no pequeno motor a gasolina, introduzido pela primeira vez para toda a Europa.
Em relação ao modelo anterior (ver AQUI último ensaio realizado), a maneabilidade surge melhorada, pelo que o ‘facelift’ do Mazda3 oferece agora uma sensação de condução mais consistente e linear. Importante contributo para tal são os reforços da carroçaria, os novos amortecedores, uma actualização do sistema de direcção assistida electro-hidráulica (EHPAS) e as jantes mais rígidas. Como novidades a nível de equipamento do Mazda3 temos o indicador de passagem de mudança e um sistema de navegação baseado na tecnologia TomTom®, tudo para ir ao encontro das sofisticadas opções presentes, destinadas a dar resposta a todas as necessidades. O renovado Mazda3 herda ainda os conteúdos do modelo actualmente em comercialização, no campo da segurança passiva e activa. O sistema Rear Vehicle Monitoring da Mazda, disponível no Mazda3, mereceu a reputada distinção ‘Euro NCAP Advance’ na edição deste ano do Salão de Frankfurt.
Características exteriores:
• Novo design do pára-choques, integrando faróis de nevoeiro com novo formato. • Novo pára-choques traseiro menos espesso (apenas versão ‘hatchback’) para facilitar as operações de carga/descarga e mais compacto (excepto para a versão MPS).
• Os reflectores das luzes traseiras estão agora colocados nos extremos dos painéis (apenas ‘hatchback’).
• Novas jantes de 16 e 17 polegadas com design ‘curvo’ para uma silhueta mais dinâmica
• 8 cores exteriores, incluindo o novo tom ‘Bronze’
• Duas carroçarias: um ‘hatchback’ desportivo de cinco portas, com ‘spoiler’ traseiro, e uma elegante berlina de quatro portas
• Alto desempenho do porta-estandarte da gama, o modelo Mazda3 MPS.
Características interiores:
• Nova cor preta para a consola central inferior e anéis cromados brilhantes nos comandos para um mais rápido reconhecimento durante a condução
• Novo grafismo em branco para o ‘display’ multi-informativo (MID)
• Nova numeração branca sobre um fundo cinza, com iluminação contínua, no conta-quilómetros para facilitar a leitura durante o dia
Característica dinâmicas:
• Aplicação do Toitsukan: transições suaves entre as forças G de aceleração, laterais e de desaceleração como resposta a aspectos fundamentais da condução, das curvas e paragens, para uma sensação de condução mais linear e consistente • Rodado mais duro para uma melhor estabilidade em linha recta
• Estrutura sob a carroçaria mais rígida graças a novos reforços no travessão cruzado dianteiro, feita de aço mais resistente e com soldas mais localizadas, e barra única.
• Rigidez do deflector dos pneus dianteiros aumentada em 50% para uma estabilidade de condução ainda mais reforçada.
• Aumento da sensação de estabilidade em viagem através da optimização do amortecimento
• Melhor coeficiente aerodinâmico (Cx) de apenas 0,27 para a berlina (antes de 0,28) e de 0,29 para o ‘hatchback’ (antes de 0,30
• Estrutura da suspensão da frente do tipo MacPherson, e solução multi-link na suspensão traseira [da actual geração]
• Travões da frente de discos ventilados e atrás de disco sólidos, com medidas de 278 mm/265 mm (modelos com motor 1.6), 300 mm/280 mm (em todos os modelos com bloco 2.0) e 320mm/280 mm (na versão MPS) [da actual geração]
Mecânica:
• A gama de motores cresceu para oito com a introdução de uma versão 1.6 MZR a gasolina equipada com a transmissão automática de quatro velocidades Activematic disponibilizada para todo o mercado europeu
Propostas Diesel
• MZR-CD diesel de 2,2 litros turbo, com transmissão manual de seis velocidades:
- High Power: 185 CV às 3.500 rpm e 400 Nm de binário máximo entre as 1.800 e as 3.000 rpm; consumo de combustível combinado de 5,4 l/100 km (3,6 % menor face ao modelo anterior) e de CO2 de 144 g/km (menor em 3,4%)
- Standard Power: 110 kW/150 CV às 3.500 rpm e 360 Nm de binário máximo entre as 1.800 e as 2.600 rpm; consumo de combustível combinado de 5,2 l/100 km (3,7% menor) com emissões de CO2 de apenas 139 g/km (menos 3,5%)
• MZ-CD 1.6 turbodiesel produz 85 kW/115 cv de potência máxima e uns robustos 270 Nm de binário entre as 1.750 e as 2.500 rpm; a versão ‘hatchback’ com caixa manual de 6 velocidades utiliza apenas 4,3 litros de combustível por 100 km em circuito combinado (menos 2,3% do que até aqui) e produz uns baixos 115 g/km de CO2 (menos 1,7%).
Propostas a Gasolina consoante os mercados
• MZR DISI 2.3 a gasolina, turbo e transmissão manual de seis velocidades (só Mazda3 MPS), 260 CV às 5.500 rpm e 380 Nm de binário às 3.000 rpm, consumindo 9,6 litros de combustível por 100 km e produzindo 224 g/km de CO2. Esta versão tem uma velocidade superior aos 250 km/h e acelera dos 0 aos 100 km/h em 6,1 segundos [da actual geração] • MZR DISI 2.0 i-stop a gasolina com transmissão de seis velocidades,150 CV de potência às 6.200 rpm e 191 Nm de binário às 4.500 rpm; consome 6,7 litros de combustível aos 100 km (menos 6,8%) e produz 157 g/km de CO2 (contra os anteriores 159 g/km)
• Motor MZR 2.0 a gasolina naturalmente aspirado com transmissão automática de cinco velocidades que produz 110 kW/150 CV às 6.500 rpm e 187 Nm de binário às 4.000 rpm; consome 7,6 litros de combustível aos 100 km e produz 175 g/km de CO2.
• Motor MZR de 1,6 litros a gasolina, naturalmente aspirado com transmissão manual de cinco velocidades; produz 77 kW/105 CV às 6.000 rpm e 145 Nm de binário máximo às 4.000 rpm; consome 6,4 l/100 km e produz 147 g/km de CO2 (contra as anteriores 149 g/km)
• Novo motor MZR de 1,6 litros a gasolina com transmissão Activematic de quatro velocidades. Na carroçaria de berlina consome 7,4 l/100 km e produz 171 g/km de CO2; os valores da versão ‘hatchback’ são, respectivamente, 7,6 l/100 km e 176 g/km. A transmissão Activematic permite a condução no modo totalmente automático ou no modo manual/sequencial, integrando controlo de inclinação e um optimizado sistema ‘kick-down’ quando na caixa se reduz de 4ª para 2ª velocidades.
Novidades:
• Novo sistema de navegação Mazda integrado, baseado na tecnologia TomTom® com 4 GB de memória, monitor ‘touch screen’ de 5,8 polegadas, e sistema mãos-livres Bluetooth® para telefone e conexão de áudio, com microfone externo • Indicador de troca de mudanças para uma optimização da condução e para uma maior eficiência de combustível (para os motores a gasolina MZR 1.6 litros e 2.0 litros MZR DISI com transmissão manual, e para qualquer motor diesel)
• Assentos em couro com três funções de memória integradas, mais duas no transmissor de entrada ‘sem chave’ e arranque.
(texto elaborado com base no documento distribuído pelo departamento de comunicação da marca)
É seguramente uma das propostas mais bonitas e mais equilibradas do mercado. O Mazda 3 recebe uma renovada versão diesel, actualizada de forma a corresponder às normas europeias do ambiente. Com valores de potência e binário mais elevados traz consigo outra exigência: maior moderação dos consumos, a par do desejo de proporcionar um maior prazer à condução do 3.
Deste familiar japonês, que lá mais para o final do ano tem anunciada uma nova geração, conhece-se bem o seu carácter dinâmico e o sucesso da linha exterior. Nomeadamente através de uma frente agressiva, agora ainda mais desportiva e aerodinâmica. Interiormente, sem aparentar grandes “floreados” ou rasgos estilísticos demasiado ousados, a gama 3 presenteia-nos com um tablier que é essencialmente prático e dotado de uma funcionalidade quase intuitiva. Consoante as versões existem pequenas variações para poder englobar o equipamento (agora ainda mais rico), e ainda aparentar um apelo desportivo que faça jus ao “slogan” “zoom-zoom” da marca. Algo que faz na conjugação de cores e na moldura prateada dos instrumentos. Mas sem exageros.
Do 3 destacaria antes uma posição de condução bem concebida e acessível que, embora sem desagradar (antes pelo contrário), também não parece capaz de despertar qualquer emoção em particular. É o caso típico de querer “agradar a gregos e a troianos”, com pequenos espaços em número suficiente, volumoso porta-luvas e caixa sob o apoio de braços entre os bancos. Atrás viaja-se desafogadamente nas partes laterais, no centro escasseia muito mais o apoio do assento e lugar para colocar os pés do ocupante do meio. A altura é mediana, sendo que os passageiros viajam numa posição mais elevada e com bastante visibilidade. A mala, com 340 litros (5 portas, na versão de 4 portas cresce para 430 litros), alberga roda de substituição de pequenas dimensões.
Comportamento excelente
Onde o 3 mais se evidencia é, de facto, em estrada. A estabilidade, a par de um comportamento em curva, aí sim, capaz de gerar algum entusiasmo, revelam uma afinação cuidada da suspensão e um equilíbrio geral do conjunto muito bem conseguido. A diferença de potencialidades desta alteração mecânica face à anterior mal se evidencia, embora o construtor reclame ganhos de velocidade e aceleração. Até mesmo os benefícios de consumo não aparentam, na prática, resultados significativos; em condução mais descontraída a média do ensaio situou-se na casa dos 6,8 litros, mais de 2 litros acima da referência indicada pelo construtor (4,4 l), mas quando se insiste numa atitude mais poupada pode alcançar-se um consumo combinado de apenas 5,8 litros.Verdade é que grande parte do incremento do prazer da condução desta versão revista do Mazda 3, está na introdução de uma nova caixa de seis velocidades. A maior desmultiplicação das relações, a par do aumento do binário (+30 Nm, agora 270 Nm), disponível logo a partir das 1750 e até às 2700 rpm, contribui para que a sua condução seja mais elástica, sem tanta necessidade de recorrer à caixa para manter um andamento aceitável. O suficiente, pelo menos, para baixar as emissões poluentes para as exigências actuais.Contudo, o mais importante desta nova versão poderá ser o menos evidente: dotado de filtro de partículas, este motor diesel 1.6 desenvolvido pelo grupo PSA em conjunto com o grupo Ford, utiliza agora um sistema que dispensa a necessidade da sua manutenção.
Dados mais importantes |
Preços desde | 23 812 (Comfort) |
Motor | 1560 cc, 8 V, 115 cv às 6000rpm, 270 Nm das 1750 às 2700 rpm, common rail, turbo de geometria variável |
Prestações |
186 km/h, 11 seg. (0/100 km/h) |
Consumos (médio/estrada/cidade) |
4,4 / 3,9 / 5,3 litros |
Emissões Poluentes (CO2) | 117 gr/km |
Mazda 3 1.6 Diesel em resumo (texto elaborado pelo importador)
• Versão revista do bloco 1.6 MZ-CD diesel common-rail agora em conjunto com uma transmissão manual de 6 velocidades.• Novo turbo de geometria variável e novo sistema de injecção• 85 kW/115 cv (+ 6 cv face ao anterior motor de 1,6 litros) às 3.600 rpm (400 rpm abaixo).• 270 Nm de binário máximo (+ 30 Nm), agora num leque de rotações alargado, das 1.750 às 2.700 rpm, para uma condução agradável, associada a baixos consumos.• 2,2 % de redução nos consumos, de 4,4 litros aos 100 km (circuito combinado).• 1,7 % de redução de emissões de CO2, de 117 g/km (circuito combinado), cumprindo com a norma Euro 5.• Sistema de filtro de partículas diesel (DPF) sem necessidade de manutenção.
Exterior
• Design potente e emocional, uma expressão rica, posicionamento mais dinâmico.• Nova imagem de família Mazda que integra a grelha da frente inferior de 5 pontas.• Duas carroçarias distintas – 5 portas e berlina – e ainda uma versão desportiva superior.• Excelente aerodinâmica com um coeficiente (Cd) de apenas 0.28 (berlina) e 0.30 (HB 5 portas), entre os melhores registos do segmento.
Interior
• Design interior desportivo e sofisticado que combina um ambiente espaçoso com um painel de instrumentos direccionado para o condutor para uma ligação directa com o automóvel.• Recurso a superfícies em material granuloso na secção superior do painel, minimizando as zonas seccionadas, de modo a alcançar-se uma superior qualidade percebida.• Ergonomia superior e Interface Homem-Máquina (HMI) com “zona de layout” para menor distracção da atenção à estrada.• Painel integrado multi-informativo (MID) com sistema de navegação opcional.• Controlo interactivo da iluminação e entrada iluminada.• Sistema “surround Premium” Bose® com 10 altifalantes, com compensação de ruído Audiopilot2® e sistema “surround” Centerpoint®.• Sistema mãos livres via Bluetooth® para telefones móveis e leitores de áudio portáteis.
Segurança
• ABS, EBD, assistência à travagem, sistema de controlo de tracção (TCS), DSC, airbags da frente, laterais e de cortina, de série em todas as versões.• Faróis Bi-xénon, com Sistema de Faróis Direccionáveis (AFS).• Sinal de Paragem de Emergência (ESS) que avisa os condutores precedentes, através da activação das luzes de emergência, de uma travagem súbita.• Rear Vehicle Monitoring (RVM).• Sistema de monitorização da pressão dos pneus• Sensor de estacionamento traseiro.• Avaliação de 5 estrelas no ‘crash-test’ da Euro NCAP, em Novembro de 2009.
(a disponibilidade de algum do equipamento referido depende da versão)Outros modelos Mazda anteriormente ensaiados:* Mazda 2 1.3 Sport (86 cv)
Não é habitual encontrar versões tão desportivas numa carroçaria de 5 portas e logo com uma aparência tão agressiva. Geralmente o que se vê são “coupés" de 2 ou 3 portas. Mas esta versão do 3 consegue impor o respeito e a tão desejada imagem de um desportivo, quase tão “só” graças à proeminente entrada de ar no “capot”, ao “spoiler” traseiro, às saias laterais e às imponentes jantes de 18 polegadas que, mesmo assim, não impedem um rebaixamento ligeiro de todo o conjunto. Excitante, o Mazda3 2.3 DISI tanto pode ser a versão desportiva de um familiar como a versão familiar de um puro desportivo...O Mazda 3 MPS tem uma posição de condução baixa, envolvente e com o manípulo das mudanças bem colocado, curto e rápido nas trocas de marcha.
Apenas o volante, quanto a mim, merecia um pouco de “sal” que fizesse justiça ao que o restante mostra de carácter.
O seu comportamento é de extremos. Tanto evidencia uma surpreendente docilidade e até previsão das reacções como, assim que lhe é dada ordem para soltar a manada, a acção do turbo (possível de acompanhar através de um indicador digital da pressão que está no painel de bordo) promove a rápida entrada em acção de uma imensidão de cavalos sedentos por galopar. Aí sim! Há que ter mãos para segurar este súbito crescendo de binário, oferecido a quem saiba domar e gozar uma condução ao alcance de uns poucos eleitos.
Aponta como velocidade máxima os 250 km/h e necessita de pouco mais de meia dúzia de segundos para chegar aos 100 km/h.
Carácter versátil
Por estas razões – e mais umas tantas – o Mazda 3 MPS é tão capaz de agradar a um dinâmico pai de família, como a um condutor mais exigente em matéria de comportamento.
É portanto um desportivo competente mas versátil, que consegue o feito de não ser de todo desconfortável apesar de uma suspensão naturalmente mais firme.
Mostra ainda uma boa insonorização face ao motor 2.3 que lhe dá tanta vida.
É evidente que os consumos se ressentem consoante a condução praticada, mas também não assustam.
Já o preço… quase 44 mil euros! Em Portugal não é propriamente factor que encante mas grande parte da “culpa” recai nos impostos devidos pela cilindrada do motor. Em Espanha custa menos 12 ou 13 mil euros...
PREÇO, desde 43400 eurosMOTOR, 2261 cc, 260 cv às 5500 rpm, 380 Nm às 3000 rpm, 16V, turbo/intercoolerCONSUMOS, 13,2/7,5/9,6 l (cidade/estrada/misto)EMISSÕES POLUENTES, 224 g/km de CO2
Valores seguros
Poucos carros nesta classe deixam uma impressão tão forte quanto este
novo 3. Sobretudo quando se tem 150 excitados cavalos a reclamarem
permanentemente por mais liberdade…
O Mazda 3 sempre foi um modelo onde pontificou o equilíbrio; das
linhas e do conceito, da habitabilidade e do comportamento. Embora o
modelo anterior já possuísse um traço bastante sedutor e
personalizado, esta nova geração e muito principalmente a nova frente,
conseguem sugerir ainda mais uma atitude dinâmica e até mesmo muito
desportiva.
Sempre foi um carro capaz de estabelecer facilmente empatia — e por
isso não admira que seja o mais produzido do construtor japonês —, bem
como de transmitir confiança aos seus proprietários. Sendo ainda um
modelo particularmente fiável, tudo isso faz dele aquilo que
poderíamos designar como um valor seguro.
Depois do contacto que tive com as duas versões, fico realmente com
pena que a carga fiscal que incide sobre a cilindrada, faça com que
poucos portugueses não venham a ter o privilégio de o conduzir com o
novo motor diesel 2.2. A diferença de preço ainda é significativa,
cerca de 6 mil euros, quando apreciado em níveis de equipamento
equivalentes.
Harmonia
Apreciado com mais pormenor, o Mazda 3 não é, realmente, nem o mais
espaçoso, nem o mais confortável dos familiares do segmento. O espaço
traseiro – e principalmente o banco – são mais indicado para dois
ocupantes devido à configuração e ao túnel central. O "CS" de 4 portas
tem o tejadilho ligeiramente mais baixo nesta zona, em contrapartida
ganha espaço de bagageira, 430 l face aos 340 do "HB" de 5 portas. No
entanto, embora disponha de dobradiças exteriores com amortecedor, a
"boca" da mala é para o estreita e o pneu suplente é de pequenas
dimensões.
No entanto, a posição de posição de condução é do mais eficiente. E
embora à primeira vista os interiores não deslumbrem quanto aos
revestimentos, um olhar mais cuidado faz perceber a qualidade quer no
toque suave na parte superior do tablier, como na robustez dos
plásticos que forram outras zonas. Reina a eficácia: os acabamentos
não levantam dúvidas, a insonorização é primor (mais ainda na versão
mais potente, cujo motor, até no exterior, é silencioso), a
funcionalidade dos comandos é uma realidade e a compleição dos bancos
procura atenuar o desempenho de uma suspensão que privilegia mais o
comportamento dinâmico do que a capacidade de amortecimento, bem ao
espírito "zoom-zoom".
Carácter
Às vezes é difícil perceber por que é que determinados carros, mesmo
que não sejam "perfeitos-perfeitos", também não nos deixam
indiferentes. O 3, que seja pela sua atitude em estrada ou pelo tal
carácter equilibrado mas nada desenxabido, é um carro que acaba por
apaixonar.
A posição de condução ajuda. Não apenas pelo carácter prático, porque
visualmente a forma e a disposição do tablier contribuem bastante para
a integração ao volante. Já com as necessárias diferenças perante
cilindradas e valores de potência tão díspares, a verdade é que tanto
o motor 1.6 (já conhecido do grupo PSA, aqui com 109 cv), como a nova
unidade 2.2 (estreada e já ensaiada no Mazda 6), têm uma atitude
peculiar: demorando ligeiramente a abrirem as "portadas" à manada, por
volta das 1800 rpm começam num crescendo constante sem darem mostras
de esgotamento. Isso é, claro, mais evidente quando existem pelo menos
150 cavalos (também há com 185…) que não perdem qualquer fulgor mesmo
quando já estão no limiar da zona vermelha…
Sem esquecer que neste caso são comandados por uma caixa de seis
velocidades e que não será pela ausência de estabilidade ou presença
de ruído de funcionamento, que nos aperceberemos de que já
ultrapassámos largamente os limites legais…
Contenção
O que não significa que não se possa andar dentro dos limites legais
em sexta velocidade, sem que o motor "morra". De facto é bastante
"elástico" e, facto sempre agradável de constatar, tanta fogosidade
não o faz mais guloso.
A marca anuncia consumos médios de 4,5 e 5,4 l para o 1.6 e 2.2
respectivamente. Valores que parecem perfeitamente atingíveis num
andamento tranquilo, porque uma política de redução de peso emagreceu
esta geração e diminuiu a resistência ao vento.
Só que… isso não é fácil para quem gosta de conduzir! O Mazda 3 é
capaz de despertar os instintos mais provocantes. Não sendo correcto
admiti-lo, por questões de civismo e segurança na estrada mas, de
facto, proporciona imenso gozo a quem sente prazer de dirigir.
Mais uma vez, essa impressão acentua-se na versão mais potente.
Transmite maior segurança e tem uma atitude muito constante, quer em
estrada aberta, quer em percursos mais sinuosos.
O modelo 1.6 é naturalmente mais familiar. A suspensão, mais macia e
outros pneus, chegam mesmo a fazer com que a traseira derive
ligeiramente se não houver carga à retaguarda.
PREÇO, desde 23000 euros MOTOR, 1560 cc, 109 cv às 4000 r.p.m., 16 V,
common rail, turbo com geometria variável, intercooler CONSUMOS,
5,8/3,8/4,5 l (cidade/estrada/misto) EMISSÕES POLUENTES 119 g/km de
CO2
PREÇO, desde 33000 euros MOTOR, 2184 cc, 150 cv às 3500 rpm, 360 Nm
das 1800 às 2600 rpm, 16V, common rail, turbo com geometria variável,
intercooler CONSUMOS, 6,9/4,5/5,4 l (cidade/estrada/misto) EMISSÕES
POLUENTES 144 g/km de CO2