Uma bela prenda de Natal
Se existissem peúgas com tais dimensões ou fosse possível transportá-lo através de uma chaminé, certamente que muitos desejariam querer encontrar um brinquedo como este debaixo do pinheiro de Natal!
O Mazda MX5 é, sob muitíssimos aspectos, um autêntico brinquedo destinado a proporcionar imensa diversão. Não porque tenha sido concebido a pensar nas crianças, antes em adultos que não deixando de ser responsáveis mantenham todo o espírito para a brincadeira.
Isto apesar do MX-5, conquanto continue a ser um dos mais bonitos do seu género, acusar já, por mais curas de rejuvenescimento de que tenha sido alvo, o peso dos anos da sua concepção.
Senão vejamos: no campo da eficácia, do espaço ou até da funcionalidade da capota, não é um carro perfeito, certinho, daqueles que se conduzem e não deixam ficar qualquer impressão. Não! O MX-5 desperta e é um provocar permanente de emoções, quando por um imprevisto chove ou começa a fazer frio o processo de recolha da capota mantém-se manual, apesar de poder ser feito de uma forma fácil e rápida.
Há, no entanto, uma versão denominada roadster-coupé, cuja capota rígida retráctil abre e fecha através de um processo mecânico (ver
AQUI) num processo que dura pouco mais de 12 segundos.
20 Aninhos! Afinal o que torna o MX-5 no roadster mais popular do Mundo — e motivou o surgimento desta versão especial que celebra o seu 20.º aniversário — é exactamente o seu estilo clássico e intemporal, que tanto remete para as belíssimas criações automóveis dos anos 60 como rivaliza com as tendências mais actuais.
É um carro pequeno, ficando aquém dos 4 metros de comprimento. Aproveita, por causa disso, cada centímetro livre do habitáculo (atrás ou entre os bancos, no próprio local de recolha da capota quando esta se encontra colocada...) para colmatar os escassos 150 litros de capacidade da mala.
O facto e a circunstância de ter uma posição de condução baixa obriga piloto e pendura a encaixarem-se em belíssimas baquetas Recaro até se sentirem envolvidos num habitáculo acanhado e de forte apelo desportivo. Aliás, tudo nele contribui para esse espírito desportivo, desde o estilo dos instrumentos ao manípulo curto que comanda uma caixa de velocidades igualmente rápida, ou um volante pequeno, directo e de excelente tacto. Depois chega a sonoridade mal filtrada do motor, que tanto pode ser o bloco a gasolina de 1,8 litros com 126 cv, como um 2,0 l com 160 cv. Qualquer deles suficiente para garantir animação suficiente a um carro que pesa pouco mais de uma tonelada e que tem uma distribuição de peso quase perfeita.
Tudo isto é à partida mais do que o bastante para tornar o MX-5 num dos carros mais divertidos de conduzir, algures a meio termo entre um sofisticado kart com uma panóplia de ajudas electrónicas para uma condução segura e suficientemente previsível, e um pequeno desportivo de estrada capaz de gerar emoção suficiente para manter acesa a paixão de o conduzir.
Todos os amores têm o seu preço e este não é excepção: mais de 29 mil euros para esta versão especial comemorativa e numerada (na soleira da porta) de 2000 unidades, com motor 1.8 e, em Portugal, somente na cor branco pérola.
PREÇO, desde 29 104 euros (*) MOTOR, 1798 cc, 126 cv às 6500 rpm, 167 Nm às 4500 rpm PRESTAÇÕES, 205 km/h, 8,5 seg. (0/100 km/h) CONSUMOS, 11,4/7,1/8,7 l (cidade/estrada/misto) EMISSÕES CO2, 167 g/km
(*) Acrescem despesas. Motor 2.0 com 160 cv, a partir dos 35 500 euros
Boa respostaMais leve mas também ligeiramente mais pequeno do que o seu antecessor, o Mazda 2 contraria a tendência seguida por alguns construtores. Mas o facto de ser largo reflecte-se na habitabilidade e no conforto, enquanto que o menor peso e as linhas mais fluidas contribuem para consumos mais baixos e menores emissões poluentes.
“Parente” do Ford Fiesta, o interior do Mazda 2 foi pensado ao jeito de um pequeno monovolume, embora com funcionalidade bastante mais limitada. Aliás, a habitabilidade é conseguida com sacrifício da mala, não existindo sequer movimentação longitudinal do banco traseiro. Atrás o espaço é mais indicado para dois ocupantes.
Simplicidade
O espírito dinâmico “zoom-zoom” que anima a marca está presente na envolvência fácil da condução do Mazda 2, ainda que com algumas limitações da instrumentação oferecida. Por exemplo, não existe manómetro de temperatura do motor.
Por falar em equipamento, apesar da simplicidade e até mesmo alguma discrição do interior na conjugação das cores, as versões mais recentes passaram a disponibilizar o sistema GPS da Carmin, além de equipamento áudio com "bluetooth".
O sistema de navegação não está integrado no painel, dispondo de ventosa para colocação no vidro. O comando do “mãos-livres” foi igualmente aplicado sobre o tablier.
Despachado
Mais enérgica, a versão de 86 cv (há uma outra de 75 cv) “respira” bastante melhor acima das 2.000 rpm. Fácil de dirigir e equilibrado nas reacções, é um carro prático capaz de cativar não apenas pela bonita silhueta que ostenta, mas igualmente pelo desempenho ágil e, diria mesmo, quase desportivo que às vezes apresenta. Tudo isto ajudado pela belíssima colocação do comando da sua caixa de cinco velocidades.
Com ligeiras melhorias nos consumos e nas emissões anunciadas pelo fabricante, este motor continua a demonstrar uma boa resposta na maioria das situações de estrada ou cidade. A suspensão do Mazda 2 revela-se mais orientada para condutores mais exigentes em matéria de comportamento.
PREÇO, desde 15100 euros MOTOR, 1349 cc, 86 cv às 6000 rpm, 16 V., 122 Nm às 3500 rpm CONSUMOS, 6,9/4,2/5,2 l (cidade/estrada/misto) EMISSÕES CO2, 125 g/km