O enorme sucesso de dois modelos SUV – Juke e Qashqai – garantiu à marca japonesa uma quota anual de mercado de 3,9 por cento, o valor mais alto registado pela Nissan em Portugal nos últimos 10 anos. Em Dezembro, esse valor foi mesmo de 4,3 por cento, ajudando a consolidar ainda mais a liderança no segmento dos SUV. Sucesso que a marca espera repetir em 2012, graças sobretudo ao novo Qashqai com motor diesel 1.6 dCi (ver
AQUI).
Desde que iniciou um projecto de consolidação no mercado nacional, a Nissan tem registado contínuas subidas de quota de mercado. O valor quase que duplicou desde o arranque do programa “Portugal 360”, passando de 2,1% para 3,9%.
Um êxito devido em grande parte ao enorme sucesso
Nissan Qashqai. Em 2011, este SUV conseguiu ser o 5º modelo mais vendido no segmento C em Portugal, atrás do Renault Mégane, VW Golf, Opel Astra e Ford Focus.
Outra quota de responsabilidade deve-se à grande aceitação que o modelo Juke também está a ter nos consumidores nacionais (ver
AQUI ensaio ao modelo). Quanto ao Nissan Leaf (ver
AQUI), carro do ano 2011, vendeu 99 unidades entre as 203 viaturas eléctricas conmercializadas este ano em Portugal.
(elaborado com base em documento distribuído pelo Departamento de Comunicação da Marca)Procura automóvel novo, usado ou acessórios? Quer saber mais sobre este ou sobre outro veículo?
No aspecto assemelha-se a um pequeno todo o terreno. Tem uma aparência irreverente, uns faróis altos e desafiadores e até uma imagem vagamente máscula na assertividade das linhas que lhe vincam as cavas das rodas. Um cocktail bem servido para alguns, capaz de arrebatar corações que não se condicionem por questões de espaço e apreciem o moderno, o diferente e o ousado. Mas não é, de todo, um todo o terreno. Também não é um carro familiar. Exactamente porque o Juke não pretende pertencer a nenhum padrão previamente categorizado. Este texto complementa o ensaio anterior efectuado à versão 1.6 a gasolina (ver AQUI).
O Juke ambiciona ser algo de novo. Mais pela forma do que pelo conceito em si. Nisso assume-se como um misto de pequeno “SUV” ou “Crossover” urbano. É um carro cujas dimensões compactas favorecem o poder de manobra e com uma posição de condução alta que facilita a visibilidade. Não menos importante, alguma robustez (e 18 cm de altura ao solo) do chassis, ajudam-no a enfrentar melhor as agruras de certos obstáculos urbanos. Como, por exemplo, as crateras que habitualmente povoam as estradas portuguesas após alguns dias de chuva.
Interior tecnológico
Na verdade ele desperta atenções por onde passa. Ou mesmo cobiça. Garantidamente. Possui formas diferentes, fortemente personalizadas e um desenho da grelha que lhe dá um ar alegre. Eixos colocadas nos extremos da carroçaria e vincos laterais acentuam-lhe ainda mais as cavas das rodas, contribuindo também para disfarçar a presença de portas traseiras, já de si discretas devido à forma do manípulo que as abre. Com formas ousadas, o interior contém algumas características capazes de satisfazerem plenamente quem não tem que dar grande uso ao banco traseiro ou dispensa maior capacidade da mala. Sobretudo para aqueles que apreciam a novidade, o design e a diversidade tecnológica. Como a própria Nissan o anuncia, parte da estrutura e dos comandos pretendem fazer lembrar uma moto, reforçando com isso um lado mais desportivo do Juke.
A verdade é que, tal como por é por fora, o habitáculo do Nissan Juke é um exercício de estilo e sedução; envolvente, colorido e luminoso, contempla fichas USB e jack de 3,5 mm para a ligação dos habituais “gadgets” tecnológicos. Aos que gostam de ir controlando e variando o andamento, algumas versões permitem mesmo fazê-lo através de um sistema de controlo dinâmico. Com 3 modos de condução – eco, normal e sport – torna-se possível fazer variar a resposta à aceleração, diminuindo os consumos ou aumentando as capacidades dinâmicas do motor. Gráficos coloridos, projectados num pequeno ecrã, permitem acompanhar todo o processo (saber mais no final).
Motor competente
Apesar do Juke não ser um carro para gente muito alta, aquilo que condiciona mais uma melhor posição de condução é a ausência de regulação em profundidade do volante. Porque os bancos dianteiros até proporcionam apoio e a altura a que se encontram permite uma visibilidade boa em andamento. Já em manobra é sobretudo necessária uma certa habituação aos limites, curiosamente os dianteiros; a posição elevada dos faróis, salientes do capot, levam o condutor a crer estar mais perto de um obstáculo do que efectivamente se encontra.
Quanto à motorização cumpre globalmente o que lhe é pedido. Não se evidencia demasiado em termos de ruído e mostra-se capaz de assegurar uma condução tranquila e económica em cidade. Fora dela, beneficiando do pouco peso do Juke e de uma carroçaria que procura atenua a maior resistência aerodinâmica, fornece-lhe uma agilidade que, em certos momentos, até pode considerar-se desportiva. Embora à custa de um maior conforto dos ocupantes.
Estilo vs habitabilidade
O Juke não é um carro de perfeições. É um objecto de estilo e de sedução. Por isso se deve entender que, apesar de exteriormente apresentar mais de 4 metros de cumprimento, nem a habitabilidade traseira, nem a capacidade da mala (cerca de 250 litros, mais alguma coisa sob o piso) constituam referência. Jovem e tecnologicamente muito dotado, o Juke assegura a possibilidade de personalização com algum equipamento capaz de “encher o olho” mas que, passada a novidade, muito provavelmente deixará de ter grande uso para a maioria dos seus proprietários. Refiro-me muito concretamente ao sistema de controlo dinâmico que, ainda por cima, obriga o condutor a ter que optar entre ter disponível as informações sobre o motor ou os comandos do dispositivo de climatização. Além de mais, o painel informativo situa-se numa posição baixa, o que poderá levar a retirar os olhos da estrada mais tempo do que o recomendável.
Neste pequeno ecrã que, como se afirmou, reparte informações e comandos com o sistema de climatização, projectam-se instruções e avisos que permitem optar entre uma condução mais tranquila e poupada (modo eco), ou mais desportiva. Isso é conseguido fazendo variar parâmetros mecânicos como a resposta do motor, o seu regime de trabalho ou a pressão do turbo, mas também gerindo outros gastos de energia como o ar condicionado ou a direcção assistida.
Para melhor entender o seu funcionamento segue-se um texto acessório, baseado no “press release” do próprio departamento de comunicação da marca.
Dados mais importantes |
Preços desde | 21650 euros (Visia) * |
Motores | 1461 cc, 110 cv às 4000 rpm, 240 Nm às 1750, common rail, 8V, turbo com geometria variável |
Prestações | 175 km/h, 11,2 seg. (0/100 km/h) |
Consumos (médio/estrada/cidade) | 6,1 / 4,5 / 5,1 litros |
Emissões Poluentes (CO2) | 134 gr/km |
(*) Não inclui despesas administrativas e de transporte
Desempenho comandado
Um sistema de controlo inovador permite ao condutor escolher a forma como o automóvel se comporta na estrada, fornecendo ao condutor total controlo sobre as definições dinâmicas do automóvel ou adequando-as às condições da estrada, ao tempo ou ao ambiente no momento. O Sistema Nissan de Controlo Dinâmico (NDCS) é um avançado comando central do condutor e um sistema de informação do Juke que permite alterar as definições da dinâmica do automóvel, assim como ajustar funções mais óbvias, como o controlo de climatização.
Programado para funcionar em oito idiomas diferentes – português, inglês, francês, alemão, italiano, espanhol, russo e holandês – o ecrã digital, montado centralmente, altera a visualização, cor e funções, dependendo do modo em que está a funcionar.
No modo climático, por exemplo, o visor apresenta a definição da temperatura interior, enquanto os "botões" apresentam as opções de fluxo de ar. No entanto, no Modo D, é alternada a funcionalidade desses "botões", permitindo ao condutor escolher entre os modos Normal, Desportivo ou Eco. Dependendo do motor, cada definição altera os mapas de aceleração, a programação da CVT, o “peso” da direcção e até o desempenho do ar condicionado, de forma a adequarem-se às condições e propósitos do condutor. Na definição "Sport" do Modo D, por exemplo, o mapa de aceleração é afinado para fornecer rotações do motor mais elevadas e uma resposta mais rápida. Já na definição "Eco", as rotações no motor são reduzidas para um progresso mais suave. Na versão M-CVT (caixa automática) a definição Desportiva introduz até uma subida de velocidade "rítmica" automática que simula as passagens de uma caixa manual na linha vermelha das rotações.
O esforço na direcção no modo desportivo é mais firme e responde mais depressa, enquanto no modo "Normal" é mais leve e linear. Na definição Eco, a quantidade de ar frio a circular no habitáculo é optimizada para reduzir o consumo energético do sistema.
As definições do automóvel, tal como a sensibilidade dos faróis automáticos e fecho automático das portas, podem também ser ajustadas através do sistema. Informa ainda sobre a velocidade média, eficiência do combustível, tempo de viagem, binário do motor e pressão do turbo, assim como o histórico de consumo de combustível diário.
Por fim, o sistema incorpora também um indicador de Força G.
Mais modelos Nissan analisados:
Com 10.140 unidades vendidas e uma quota de mercado de 3,8%, a Nissan foi a marca de volume que mais cresceu entre 01 de Abril de 2010 e 31 de Março de 2010. E fê-lo com um crescimento de dois dígitos, 54,2%, num mercado que cresceu apenas 16,3%. O último trimestre do Ano Fiscal de 2010 (Janeiro a Março de 2011) registou um crescimento ainda mais impressionante, que permitiu à Nissan colocar-se no final desse período na primeira posição das marcas asiáticas em Portugal. Cumprindo assim um dos grandes objectivos da Nissan a nível europeu: reconquistar uma posição que foi sua durante longos anos.
Em síntese, durante o período de vigência do *Plano Portugal 360º (AF2007 a AF2010) a Nissan subiu de 2,1% para 3,8% de quota de mercado e aumentou em volume de 5.905 unidades para 10.140).
Como corolário de todos estes resultados positivos a nível nacional, a Nissan Ibéria - Portugal foi o distribuidor Nissan na Europa que mais cresceu em quota face ao ano anterior (Quota média na Europa: 3,4%)
Qashqai, Juke, Micra e LEAF brilham
O crossover Qashqai, com 5.547 unidades vendidas no AF2010 e o Juke, com 1.592 vendas em tão só meio ano, espelham o sucesso incontestado da Nissan, apesar de todos os esforços dos principais concorrentes, naquele que é o segmento por si inventado, o dos crossovers.
Seguem-se em volume o Micra (1.096) e o Note (574), dois valores seguros do mercado nacional e que, com o Pixo, consolidam a presença alargada da Nissan no segmento dos citadinos.
Uma nota para o Nissan LEAF, que com 26 unidades vendidas até 31 de Março se posiciona já como líder de vendas no segmento de veículos eléctricos.
(excerto do comunicado de imprensa distribuído pelo departamento de comunicação da Nissan)