Sexta-feira, 16.08.13
Mais de 100 modificações permitem ao novo
Nissan LEAF consumir menos energia e ir mais longe com uma só carga completa, recarregar mais depressa e, no geral, proporcionar uma condução mais agradável. Mas a alteração realmente relevante e que torna o seu preço final mais acessível é passar a ser possível o aluguer mensal da bateria, em vez de a adquirir conjuntamente com o carro. Isto permite um diferencial de cerca de 5000 mil euros a menos no custo do Leaf. A mensalidade de aluguer da bateria, incluindo assistência e encargos de manutenção, e o valor depende do prazo do contrato e da quilometragem anual prevista. Com o exterior inalterado, o benefício mais importante registado no habitáculo deve-se ao facto do carregador e do inversor se encontrarem agora na dianteira do LEAF, integrando o próprio motor eléctrico. Face à geração anterior, isso permitiu não só aumentar o espaço da bagageira em 40 litros, como obter um piso mais plano com os bancos rebatidos. Mais detalhes e, como é habitual, muitas imagens, no trabalho que se segue.
(PROSSEGUIR PARA A APRESENTAÇÃO DO NISSAN LEAF MY 2013/14)
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Segunda-feira, 07.05.12
Perante o preço dos combustíveis e face ao surgimento de modelos 100 por cento eléctricos coloca-se a questão: valerá a pena pagar, seguramente, mais de 20 mil euros para ter um carro eléctrico com capacidade para mais de dois ocupantes? Sabendo que se está condicionado a uma autonomia de pouco mais de 100 km e não é seguro encontrarmos um posto de carga justamente quando mais precisamos dele?
Percorrer mais de 100 km por pouco mais de dois euros de custo de energia é, seguramente, razão válida para dispor de um carro eléctrico. Depois aparecem as contrariedades: autonomia, tempo de carga das baterias e preço do veículo.
Portugal foi pioneiro na mobilidade eléctrica. Como País na vanguarda das energias renováveis apostou-se forte na criação de uma rede de postos de carga de energia, na tecnologia para os construir e o consórcio que deu lugar à criação da rede MOBI-E aparentava solidez, até um dos seus parceiros mais importantes, o governo português, praticamente abandonar o projecto.
Recentemente, o antigo responsável pelo AICEP, Agência para o Investimento em Portugal, criticou a passividade do actual governo ao deixar cair o projecto Mobi-e, projectado pelo anterior governo. Ainda que o actual Ministro da Economia, Álvaro Santos Pereira tenha garantido que “o projecto do Mobi-e não foi abandonado” mas que “existem reformas estruturais mais urgentes” neste momento, a verdade é que os indícios parecem revelar exactamente o contrário.
Postos fora de serviçoNos dias em que tive oportunidade para ensaiar o familiar eléctrico da Renault, o Fluence, ou o da Nissan, o Leaf, raramente encontrei um único posto de carregamento público de baterias a funcionar na área de Lisboa. Os únicos que pareciam estar em condições para o fazerem situavam-se em Centros Comerciais.
Para quem não sabe, estes postos activam o fornecimento de energia após a leitura de um cartão MOBI-E com as informações do cliente. Resta depois inserir uma das tomadas do cabo no posto de fornecimento de energia, a outra no local próprio da viatura e aguardar que as baterias se encontrem com carga suficiente para percorrer os quilómetros desejados.
Perante o que se coloca nova questão: salvo os postos de carregamento rápido (muito poucos, o mais prático fica na A5, auto-estrada de Cascais, estação de serviço da Galp), que garante uma carga razoável em 20 minutos/meia hora, em todos os restantes é necessário esperar várias horas para obter, pelo menos, carga suficiente para meia centena de quilómetros.
O que, à partida, não seria grande obstáculo para quem utilize um carro eléctrico na sua deslocação casa/trabalho, por exemplo. O problema é que, situando-se na via pública, existe o sério risco de, no retorno, já não existir cabo de energia por alguém o ter levado… por engano.
Contudo, quem habita ou trabalha na periferia de e tenha um raio de acção que não implique circular mais de 120 quilómetros com um único carregamento, poderá poupar, e muito, com uma viatura eléctrica. Com um carro a gasóleo ou a gasolina, dificilmente percorrerá essa distância por menos de quatro ou cinco vezes o preço da energia necessária para carregar as baterias. E se é verdade que há que ter em conta a diferença de preço de um veículo eléctrico, este também implicará, à partida, um custo de manutenção menos elevado. Praticamente deverá circunscrever-se ao equipamento partilhado com as viaturas térmicas: ar condicionado, iluminação, sistema de travagem, escovas limpa-vidros, etc.
Por fim, não menos importante, é preciso dispor, no local de trabalho ou na residência, de um local prático para proceder ao carregamento das baterias. Preferencialmente numa garagem, bastando, para o efeito, os préstimos de uma vulgar tomada doméstica de 220 Volts.
MOBI-E e incentivosUma das apostas do anterior governo no plano de mobilidade eléctrica passava por estimular as entidades públicas, empresas e cidadãos individuais a adquirirem uma viatura eléctrica.
Decisivo foi a disseminação de uma vasta rede de postos de carga, capazes de tranquilizarem os proprietários de carros eléctricos; é que ver aproximar-se o fim da autonomia e desconhecer se existe ou não um posto de carga próximo e se este está ou não a funcionar é factor suficiente para gerar muita ansiedade.
Hoje, a maioria desses postos encontra-se fora de serviço. Não raras vezes, com viaturas não eléctricas estacionadas a obstrui-los. Em duas ocasiões, na Av.ª 24 de Julho em Lisboa, liguei para o número fornecido pelos serviços MOBI-E, para relatar a avaria dos postos. Sem sucesso, uma vez que ninguém atendeu a chamada.
Outra forma de incentivo criada pelo anterior governo, passou por um “desconto” de 5000 mil euros na aquisição das primeiras 5000 viaturas eléctricas. A que se poderia juntar ainda o incentivo ao abate de viaturas com mais de 10 anos.
Facto é que a última legislação relacionada com este empreendimento data de Novembro de 2011 e diz exactamente respeito à revogação do Decreto-Lei n.º 39/2010, de 26 de Abril, que cria e regulamenta os incentivos financeiros na aquisição de veículos exclusivamente eléctricos.
Estagnado o projecto MOBI-E, inserido no “plano nacional para a eficiência energética”, desperdiçados os milhões de euros até agora investidos, Portugal arrisca-se ainda a perder em duas frentes: uma no plano da imagem internacional (o nosso País é líder em tecnologias de aproveitamento de energias renováveis), outra no plano do investimento e da criação do emprego. O primeiro sinal aconteceu quando a Nissan anunciou o cancelamento das obras para a instalação de uma fábrica para o fabrico de baterias para o Leaf e, mais do que provavelmente, outras baterias para modelos do grupo Renault/Nissan.
Compare-se
AQUI com importância que a Noruega dá ao assunto e os resultados que obtém.
Prosaicamente existem outras questões importantes que mereciam ser debatidas, mas que levariam a análises ainda mais exaustivas: a renovação do parque automóvel, que colocaria fora de circulação viaturas altamente poluentes, e a consequente redução dos níveis de CO2 em respeito pelas cotas de emissões de gases a que Portugal se vê obrigado no seio da União.
Pelo andar da carruagem, esta última será a mais fácil de resolver: não tarda, sobre rodas, pouco mais resta aos portugueses do que a bicicleta. Vale o facto de isso trazer benefícios para a saúde!
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Quarta-feira, 02.05.12
Um milhar de Nissan LEAF, o veículo 100 por cento eléctrico da marca japonesa, foram vendidos na Noruega em apenas seis meses. Ao contrário do retrocesso do caso português, onde os incentivos à compra de viaturas eléctricas deixou de existir, a aposta na rede de mobilidade eléctrica estagnou e, com isso, se joga no lixo os milhões de euros já investidos no plano MOBI-E, naquele país do norte da Europa respeita-se o impacto futuro que este género de veículos pode ter sobre o ambiente e, consequentemente, sobre a qualidade de vida dos seus habitantes.
Apesar da dimensão do mercado norueguês, dois por cento do total do mercado automóvel e o nono automóvel de passageiros mais vendido no mês de Fevereiro, são valores interessantes para um veículo com características tão específicas. A primeira das quais ter uma autonomia mais limitada do que os concorrentes térmicos.
A razão de tamanho sucesso só pode dever-se ao facto da Noruega ser o país europeu que mais estímulos oferece à aquisição de automóveis eléctricos: sem IVA, sem imposto automóvel, estacionamento gratuito, isenção de algumas portagens e possibilidade de utilizar as vias destinadas a transporte público em Oslo. Além disso, a infra-estrutura de carregamento em Oslo atinge neste momento perto de 3.500 pontos de carregamento públicos, muitos dos quais de utilização gratuita.
Este pacote de incentivos, sem paralelo na Europa e uma infra-estrutura de carregamento acessível, fizeram do Leaf o segundo modelo da marca mais vendido naquele mercado.
Recorde-se que este é o primeiro veículo eléctrico produzido em série e do qual já vendidas 25.000 unidades em todo o mundo, desde a sua introdução em Dezembro de 2010. Isso faz com que seja o veículo eléctrico mais vendido de sempre. (ver
AQUI o resultado do ensaio).
Com um motor CA de 80 kW de potência e 280 Nm de binário, suficiente para uma velocidade máxima de 145 km/h, é alimentado por uma bateria laminada de iões de lítio, desenvolvida pela Nissan, cuja produção esteve para acontecer em Portugal. O carregamento de um estado vazio até 100% demora de seis a oito horas com um carregador normal e apenas 30 minutos de um estado vazio até 80% utilizando um carregador rápido.
Premiado com cinco estrelas nos exigentes testes Euro NCAP, o LEAF possui um nível de equipamento de topo com ar condicionado, navegação por satélite, câmara de estacionamento traseiro e sistema de telemática CARWINGS, entre outros. A produção europeia do Nissan LEAF arrancará em Sunderland, em inícios de 2013.
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Segunda-feira, 23.01.12
O enorme sucesso de dois modelos SUV – Juke e Qashqai – garantiu à marca japonesa uma quota anual de mercado de 3,9 por cento, o valor mais alto registado pela Nissan em Portugal nos últimos 10 anos. Em Dezembro, esse valor foi mesmo de 4,3 por cento, ajudando a consolidar ainda mais a liderança no segmento dos SUV. Sucesso que a marca espera repetir em 2012, graças sobretudo ao novo Qashqai com motor diesel 1.6 dCi (ver
AQUI).
Desde que iniciou um projecto de consolidação no mercado nacional, a Nissan tem registado contínuas subidas de quota de mercado. O valor quase que duplicou desde o arranque do programa “Portugal 360”, passando de 2,1% para 3,9%.
Um êxito devido em grande parte ao enorme sucesso
Nissan Qashqai. Em 2011, este SUV conseguiu ser o 5º modelo mais vendido no segmento C em Portugal, atrás do Renault Mégane, VW Golf, Opel Astra e Ford Focus.
Outra quota de responsabilidade deve-se à grande aceitação que o modelo Juke também está a ter nos consumidores nacionais (ver
AQUI ensaio ao modelo). Quanto ao Nissan Leaf (ver
AQUI), carro do ano 2011, vendeu 99 unidades entre as 203 viaturas eléctricas conmercializadas este ano em Portugal.
(elaborado com base em documento distribuído pelo Departamento de Comunicação da Marca)Procura automóvel novo, usado ou acessórios? Quer saber mais sobre este ou sobre outro veículo?
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Terça-feira, 04.10.11
O Leaf é o primeiro familiar médio cuja locomoção é inteiramente eléctrica a chegar ao mercado europeu. Actual detentor do troféu Carro do Ano, é nas antigas instalações da Renault em Cacia, Aveiro, que está a ser construída uma fábrica para lhe fornecer baterias a partir de finais de 2012. Ao Leaf e a outros veículos da Aliança Renault-Nissan. Olhando mais em pormenor para este carro, o que é que lhe falta, afinal, para ser quase, quase perfeito? Basicamente uma maior autonomia e um sistema GPS competente na indicação dos postos de abastecimento de energia. De resto testou-se tudo: conforto, capacidade, velocidade e até o serviço de assistência em viagem!
O Nissan Leaf é um carro tecnologicamente evoluído e complexo, que se conduz como um automóvel vulgar.
A afirmação pode conter uma certa ingenuidade, mas destina-se a desmistificar quem considera complicada a condução de um veículo que não disponha da tradicional engenharia de combustão. Na realidade, quem já esteja habituado a veículos com transmissão automática, não sentirá grandes diferenças. Para os que não estão, provavelmente sucederá o mesmo que nos carros dotados de caixa automática: é um hábito que se entranha, tal é a comodidade que se ganha ao dispensar o uso do pedal de embraiagem e deixar por conta da electrónica as variações de velocidade.
No final deste texto existe uma descrição técnica mais pormenorizada da parte mecânica e eléctrica.
Coincidências…
Há coisas engraçadas no Leaf, que para muitos constituirá uma inesperada surpresa. Por debaixo do capot, os menos entendidos não descortinarão grandes diferenças visuais no motor. Sobretudo face às unidades actuais, quase todas cobertas por volumosas protecções. Encontrará ainda componentes que são comuns a qualquer automóvel: bateria, depósitos de lubrificação ou de arrefecimento, etc.
Ora se exteriormente o Nissan Leaf apresenta uma estética capaz de despertar a atenção – em bom rigor, hoje provoca, certamente, menos estranheza do que o Nissan Prius quando foi lançado – é principalmente no interior que se evidenciam as maiores novidades deste automóvel.
Embora, à partida, não exista muito com que estranhar: um volante convencional e dois pedais, como qualquer veículo com caixa automática. Só que, principiando exactamente na forma e função deste manípulo e prolongando-se pelo painel de toque multifuncional na consola central, o que não faltam são surpresas.
Central de informações
Este painel fornece a quase totalidade das informações necessárias para a condução de um Leaf. Nomeadamente no que diz respeito à carga das suas baterias, consumos e autonomias, bem como informação sobre os postos de abastecimento mais próximos.
Se este conjunto de informações é imprescindível para a condução, também é verdade que, aparentemente, requer alguns ajustes e melhoramentos.
Como, de resto, comprovou este humilde escriba, que se dedica a escrevinhar o texto enquanto espera pelo reboque da assistência em viagem.
E porquê?
Falta de precisão
Como referi, o Nissan Leaf possui um sistema que monitoriza consumos, indica autonomias e localiza os pontos de abastecimento de energia mais próximos. Esses postos de energia podem ser de carga lenta (várias horas) ou rápida (meia hora para cerca de 80 por cento da carga). Só que, pelo menos no automóvel ensaiado, a indicação quilométrica da distância até esses postos era contada “a direito”, ou seja, independente do facto de no caminho se encontrar um rio, por exemplo. Por outro lado, memoriza todos os locais onde se efectuaram cargas, incluindo residências particulares…Sem excesso de optimismo, resolvi seguir as indicações que asseguravam a existência de um posto de carga a poucas dezenas de quilómetros. Atencioso, o sistema resolveu indicar-me o caminho mais rápido: uma auto-estrada, com cerca de 3 vezes a distância necessária pela estrada nacional (informação inicialmente prestada), e o dobro do que a autonomia das baterias do carro lhe permitiam circular!
Como descobri quando já circulava em plena auto-estrada.
A meio do caminho procurei, num posto Galp, uma tomada eléctrica que permitisse reforçar a pouca carga que já restava. Negado esse pedido por parte do zeloso funcionário responsável pela estação de serviço e receoso de ficar sem energia a meio de uma auto-estrada, mais não restou do que contactar a assistência em viagem.
Em cima de um reboque, fez o Leaf parte da viagem até ao posto de reabastecimento de energia mais próximo – por azar lento –, prosseguindo a viagem cerca de duas horas depois do inicio da carga.
Em abono da verdade, refiram-se dois factos: o sistema de assistência funciona excepcionalmente bem e a Galp é a única gasolineira, em Portugal, que disponibiliza postos de carga rápida em algumas das suas áreas de serviço.
Familiar confortável
Com lotação para cinco ocupantes, o Nissan Leaf é assumidamente um familiar do segmento médio. Confortável, principalmente. Diria mesmo que em termos de insonorização não existe igual neste segmento.
O pouco ruído de rolamento, a par da ausência do barulho tradicionalmente emitido por uma motorização a diesel ou a gasolina, exigiu mesmo que, até 30 Km/h, o Leaf emita um ruído gerado por computador. Quer seja para a frente ou para trás, o som emitido destina-se sobretudo a alertar os peões mais incautos.
Já em estrada e em velocidades elevadas, é notória a preocupação neste campo. A aerodinâmica é exemplar, o ruídos dos pneus a rolar é diminuto e qualquer som proveniente do exterior é convenientemente abafado.
Os bancos dianteiros são muito confortáveis e existem pequenos espaços à disposição dos seus ocupantes. Atrás o conforto não é muito menor, seja em espaço, no acesso ou na capacidade da suspensão filtrar as irregularidades do piso.
Até a capacidade da mala é razoável face ao espaço ocupado pelas baterias: cerca de 330 litros ou 680 com o rebatimento dos bancos traseiros. Profunda, a mala está parcialmente separada do habitáculo pela “caixa” onde se aloja o conjunto de baterias que alimenta o motor. Não existe pneu suplente. Mas isso também já é novidade nos tempos que correm. Sendo um carro mecanicamente pesado, houve que fazer algumas concessões plásticas. Para além de algumas peças da carroçaria, ele também está muito presente no interior. Apesar de duros não são ásperos e a boa qualidade dos materiais alinha com o rigor e precisão dos acabamentos.
Desempenho surpreendente
Imaginar o Leaf como um modelo eléctrico de limitadas capacidades dinâmicas é profundamente errado. Facilmente se corre o risco de exceder os limites legais de velocidade e não apenas em cidade!
A sua suavidade e a excelente insonorização iludem o andamento, a par do facto do conjunto eléctrico dispor de um elevado binário: 380 Nm proporcionam-lhe uma aceleração inicial capaz de pôr em sentido alguns pequenos modelos desportivos, mantendo valores máximos de aceleração, em auto-estrada, bastante expressivos.
Contudo não é, nem ambiciona ser, um carro desportivo. A suspensão aposta no conforto e, no geral, na eficácia aerodinâmica e na redução do atrito.
Com uma total ausência de emissões poluentes, o Leaf proporciona efectivamente sensações bastante relaxantes e agradáveis.
Relaxe maior será quando Portugal e a Europa dispuserem de uma rede eficaz de postos de abastecimento rápidos, ou a tecnologia permitir que esta se faça em poucos minutos.
Ainda assim, nos postos rápidos, consegue-se cerca de 80 por cento da carga enquanto se bebe um café e se come um bolo. Com algum tempo despendido na bicha para a caixa, claro…
Dados mais importantes |
Preços desde | 35 990 euros (sem incentivo fiscal) |
Motor | Eléctrico corrente alterna, 360 V. Potência: 108 cv às 10390 rpm. Binário: 280 Nm às 2730 rpm |
Prestações | 145 km/h, 11,9 seg. (0/100 km/h) |
Consumos | menos de 2 euros de energia eléctrica por cada 100 km |
Emissões Poluentes (CO2) | |
O texto que se segue destina-se a explicar pormenorizadamente a parte mecânica do LEAF, o seu funcionamento e método de carga.Parte do trabalho é baseado no comunicado de imprensa difundido pelo Departamento de Comunicação da marca.
"Doze" baterias
A energia é acumulada em 48 módulos da bateria de iões de lítio, com quatro células de bateria dentro de cada módulo. O motopropulsor eléctrico apenas roda quando o veículo está em movimento. Para iniciar o motor, o condutor tem somente de pressionar o botão de arranque e selecciona a posição "D" (condução) para o veículo iniciar a deslocação. Tão simples como isto.
O motor eléctrico possui 108 cv que geram, instantaneamente, um binário máximo de 280 Nm. Equivalente a um convencional motor V6 2.5 a gasolina.
Autonomia
Uma carga completa proporciona uma autonomia potencial de 160 km, mas esta depende de diversos factores: temperatura exterior, utilização do ar condicionado, idade da bateria e o tipo de condução que for adoptado. Geralmente, quanto mais ecológica for a condução, maior será a autonomia.
Um "eco-indicador" no painel apresenta o estado de consumo eléctrico, prestando um “feedback”, em tempo real, da eficiência de condução do condutor.
Não faltam mesmo árvores que se formam para premiar uma condução mais ecológica...
O sistema de travagem regenerativa aumenta também a autonomia do veículo. Ao aplicar o travão, ou levantar o pé do acelerador, o motor eléctrico actua como um gerador, convertendo energia, que de outra forma seria desperdiçada, em energia para a bateria. Para aumentar a capacidade regenerativa da travagem, existe uma definição de modo ECO, de controlo por parte do condutor, que pode também ser utilizado para reduzir a utilização do ar condicionado e assim melhorar a autonomia de condução até 10% em áreas urbanas.
Recarregar o LEAF
O Nissan LEAF pode ser carregado até 80% da sua capacidade total, em menos de 30 minutos, num posto público de carregamento rápido.
Para aceder aos postos públicos é necessário dispor de um cartão MOBI-E (consórcio de empresas encarregues do sistema de mobilidade eléctrica em Portugal, consultar AQUI), o qual contém informações e debitará, em euros a energia consumida. Por enquanto a carga nestes postos é gratuita de forma a incentivar a compra de veículos.
Estes postos fornecem naturalmente mais energia que os convencionais 220 V existentes para uso doméstico.
Numa residência é possível fazê-lo através de uma vulgar tomada de 220V com 16A de capacidade. Demora aproximadamente sete a oito horas para carregar completamente. Isso pode ser feito durante a noite para beneficiar dos preços mais reduzidos da electricidade nas horas fora de ponta. O preço total de uma carga, contabilizados diversos custos fica abaixo dos três euros.
Sob uma aba localizada na dianteira do veículo existem duas tomadas: uma para carga normal e a outra para carga rápida. À de carga normal ligam-se cabos apropriados que, em Portugal, fazem parte do equipamento de série do Nissan LEAF.
Existem três luzes sobre o tablier do Leaf para acompanhar, a partir do exterior, o processo de carregamento das baterias.
Telemática avançada
O LEAF dispõe também de avançados sistemas de telemática e informática a bordo, denominado CARWINGS. O sistema fornece, continuamente, um fluxo de informações para o condutor, incluindo capacidade e autonomia da bateria, apresentando a localização das estações de carregamento mais próximas. As informações de navegação são actualizadas constantemente.
Outra funcionalidade de ponta é a capacidade de utilizar um computador ou “smartphones” para definir as funções de carregamento e monitorizar o estado de carga do veículo e a capacidade da bateria. É possível regular o ar condicionado quando o veículo está na fase de carregamento, através do controlo remoto, de modo a que esteja pronto e confortável para o condutor. O temporizador a bordo pode ser também predefinido para iniciar o carregamento nocturno do Nissan LEAF, tirando partido da tarifa mais reduzida.
Segurança
Todos os aspectos de segurança foram intensamente analisados: quando não estiver em carregamento, um relé eléctrico desliga a alimentação para isolar a porta de carregamento. Apesar da porta de carregamento ser à prova de água e dispor de uma estrutura de drenagem para utilização com tempo chuvoso, em caso de curto-circuito, a alimentação é interrompida imediatamente. A plataforma foi concebida para proteger as baterias e evitar curto-circuitos em caso de acidente.
Tal como os veículos convencionais, o Nissan LEAF possui um sistema de airbags, ABS, Assistência à Travagem, Controlo Dinâmico do Veículo (ESP) e pré-tensores dos cintos de segurança, tudo de série.
Em resposta à preocupação dos veículos eléctricos e híbridos poderem surpreender os peões e deficientes visuais ao aproximarem-se destes, a Nissan desenvolveu um conjunto de sons distintos que passarão a ser padrão com o Nissan LEAF, com o objectivo de garantir uma experiência positiva, tanto para condutores, como para passageiros e peões.
O equipamento de série inclui a câmara de visualização traseira, navegação por satélite e completos sistemas informáticos. Há apenas uma opção disponível: um painel solar incorporado no “spoiler” do tejadilho, que apoia o carregamento da bateria de 12V utilizada para a alimentação de acessórios.
Reciclagem e aquisição
“Amigo do ambiente” de todas as formas praticamente 100% do peso do Nissan LEAF pode ser reciclado. O automóvel adopta mesmo materiais reciclados em algumas das suas secções. O LEAF não é inovador apenas do ponto de vista técnico ou mecânico: existem formas inovadoras de o adquirir, que incluem a possibilidade de retoma após 3 anos. Após esse período os condutores poderão simplesmente devolver o veículo, pagar um valor remanescente ou optar pela troca por um novo veículo eléctrico.
O serviço de assistência em viagem é inteiramente gratuito durante o primeiro ano, inclusive para situações de falta de energia.
Serviço esse que funciona de forma realmente eficaz...
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Quarta-feira, 27.04.11
Com 10.140 unidades vendidas e uma quota de mercado de 3,8%, a Nissan foi a marca de volume que mais cresceu entre 01 de Abril de 2010 e 31 de Março de 2010. E fê-lo com um crescimento de dois dígitos, 54,2%, num mercado que cresceu apenas 16,3%. O último trimestre do Ano Fiscal de 2010 (Janeiro a Março de 2011) registou um crescimento ainda mais impressionante, que permitiu à Nissan colocar-se no final desse período na primeira posição das marcas asiáticas em Portugal. Cumprindo assim um dos grandes objectivos da Nissan a nível europeu: reconquistar uma posição que foi sua durante longos anos.
Em síntese, durante o período de vigência do *Plano Portugal 360º (AF2007 a AF2010) a Nissan subiu de 2,1% para 3,8% de quota de mercado e aumentou em volume de 5.905 unidades para 10.140).
Como corolário de todos estes resultados positivos a nível nacional, a Nissan Ibéria - Portugal foi o distribuidor Nissan na Europa que mais cresceu em quota face ao ano anterior (Quota média na Europa: 3,4%)
Qashqai, Juke, Micra e LEAF brilham
O crossover Qashqai, com 5.547 unidades vendidas no AF2010 e o Juke, com 1.592 vendas em tão só meio ano, espelham o sucesso incontestado da Nissan, apesar de todos os esforços dos principais concorrentes, naquele que é o segmento por si inventado, o dos crossovers.
Seguem-se em volume o Micra (1.096) e o Note (574), dois valores seguros do mercado nacional e que, com o Pixo, consolidam a presença alargada da Nissan no segmento dos citadinos.
Uma nota para o Nissan LEAF, que com 26 unidades vendidas até 31 de Março se posiciona já como líder de vendas no segmento de veículos eléctricos.
(excerto do comunicado de imprensa distribuído pelo departamento de comunicação da Nissan)
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