Talvez seja estranho encarar já como um clássico um carro lançado apenas em 1993. Sobretudo quando ele continua bem presente nas nossas memórias e muitos ainda circulam na estrada. Mas esse modelo único, cuja designação ainda faz parte da gama Renault embora com um carro completamente descaracterizado face ao original, tornou-se objecto de culto em muitos países e deu lugar a vários clubes de fãs e entusiastas. Com um conceito verdadeiramente intemporal, se fosse lançado hoje, devidamente actualizado em termos mecânicos (por exemplo com o novo motor TCe de 3 cilindros), seguramente voltaria a ser um sucesso. Vamos então saber o que tem este automóvel de tão especial para merecer semelhante homenagem duas décadas após o seu aparecimento.
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A importância deste “Twin’Run” apresentado por ocasião do 71º Grande Prémio do Mónaco, realizado em 2013, vai além do protótipo em si. Ele pode revelar a próxima linha do modelo compacto destinado a substituir o actual Twingo, que a marca francesa tem vindo a desenvolver com a Mercedes, que pretende relançar o Smart Forfour. Prestando homenagem aos míticos R5 Turbo e Clio V6, o Twin’Run é um verdadeiro automóvel de corrida, com um chassis tubular herdado directamente da competição, e um motor V6 de 320 cv derivado do Mégane Trophy, colocado em posição central traseira. Os dados revelados dizem-no capaz de acelerar de 0 a 100 km/h em 4,5 segundos e de atingir uma velocidade máxima de 250 km/h.
Já rola e pisou a pista monegasca nas mãos do português Carlos Tavares, Director-Geral Delegado para as Operações da Renault. Conheça com mais pormenor o que promete mais um concept car do construtor francês. (PROSSEGUIR PARA A APRESENTAÇÃO DO CONCEPT CAR RENAULT TWIN RUN)
Os grandes construtores de automóveis unem esforços e sinergias para reduzir custos e tornarem-se mais competitivos. É que a crise no sector alastra-se e cada vez são vendidos menos veículos, ao mesmo tempo que aumentam as exigências do consumidor europeu em matéria de preço. Tudo isto vem a propósito do anúncio de um “encontro de interesses” entre a Aliança Renault-Nissan e grupo Daimler (Mercedes) para a partilha e desenvolvimento de motores e transmissões mais eficientes. Alguns resultados dessa parceria já se conhecem: o futuro comercial ligeiro da Mercedes, o Citan, é baseado no Renault Kangoo, enquanto a versão mais económica do novo Classe A dispõe da conhecida motorização 1.5 dCi do construtor francês.
Existem naturalmente mais projectos no âmbito desta “coligação” franco-japonês-alemão.
Outro modelo comum é o futuro Renault Twingo/Smart Forfour ou mesmo um novo Renault/Smart Fortwo.
Em desenvolvimento está ainda um novo motor a gasolina de 4 cilindros, com injecção directa e turbo, compacto e tecnologicamente bastante evoluído, com consumos e emissões bastante reduzidos. Mas na forja existem mais mecânicas destinadas a futuros modelos dos grupos Daimler, Renault e Nissan, já a partir de 2016.
A Aliança irá beneficiar do elevado conhecimento que os alemães da Daimler detêm no âmbito das transmissões automáticas. Estas serão sobretudo utilizadas em modelos da Nissan destinados aos mercados americanos, nomeadamente na marca “premium” do construtor japonês, a Infiniti. Assim, em 2016, uma unidade produtiva localizada no México irá fabricar, sob licença, caixas de velocidade, sistemas start/stop, transmissões e diversa outra tecnologia electrónica como sistemas “fly by wire”.
Mas a colaboração estende-se ainda a outras áreas, como a pesquisa e desenvolvimento de motorizações eléctricas ou alimentadas por células de combustível que equiparão futuros pequenos veículos com emissões zero.
Procura automóvel novo, usado ou acessórios? Quer saber mais sobre este ou sobre outro veículo?